Madeira admite alívio de medidas, mas há preocupação com as grávidas

O Governo da Madeira admite "aliviar" a testagem massiva semanal à covid-19 depois do pico de casos decorrentes das festas de final de ano, sendo as grávidas não vacinadas uma das preocupações do executivo regional neste momento.

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Lusa
12/01/2022 19:48 ‧ 12/01/2022 por Lusa

País

Covid-19

"Neste momento, uma das nossas preocupações são as grávidas, porque algumas das senhoras grávidas não foram vacinadas", disse o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque.

Miguel Albuquerque falava aos jornalistas à margem da visita que efetuou às obras de requalificação da Estrada das Carreiras, no concelho de Santa Cruz, uma via que ficou bastante danificada na sequência do temporal de 20 de fevereiro de 2010 e dos incêndios, num projeto que representa um investimento na ordem dos 5,6 milhões de euros.

Segundo o chefe do executivo madeirense, hoje foi necessário fazer uma transferência "problemática" de uma grávida da ilha do Porto Santo para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, mas "até agora correu tudo bem".

Questionado sobre a possibilidade de alteração das medidas de prevenção da infeção por SARS-CoV-2, o responsável do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP afirmou que a situação será reavaliada após passar o "pico" de casos decorrentes das festividades do Fim de Ano.

"Não vamos introduzir alterações agora porque as pessoas ainda estão um pouco preocupadas com a proliferação da pandemia", realçou.

O governante apontou que uma das medidas a reequacionar é a testagem massiva semanal da população, que tem um custo de quatro milhões de euros, admitindo que, como as consequências da doença neste momento não são graves, "não faz sentido manter esse investimento".

"A ideia será manter testagem para profissionais da saúde, proteção civil, segurança, escolas e, depois, as pessoas que tiverem sintomas eventualmente irem testar", apontou, considerando que será uma forma de "aliviar a situação social".

Contudo, insistiu, é necessário aguardar que "os números de casos comecem a baixar para tomar medidas nesse sentido".

"Vamos ter testes enquanto a situação de pico se mantiver", salientou.

O chefe do executivo indicou igualmente que os responsáveis da saúde do arquipélago lhe transmitiram que "até metade da próxima semana a região vai atingir esse pico e, a partir daí, a tendência é para diminuírem os números dos casos".

Relativamente às escolas da Madeira, Miguel Albuquerque adiantou que a situação "está a correr bem", apesar de o número de infetados ser elevado, na ordem dos 2.000 casos, de acordo com os dados avançados pelo secretário regional da Educação hoje no plenário da Assembleia Legislativa da região.

"Temos 41 mil alunos e se tivermos 800/900 em casa devido a contágios, contactos diretos e indiretos, temos as escolas a funcionar", declarou.

Miguel Albuquerque considerou igualmente que "tem corrido tudo bem na vacinação de crianças entre os cinco e os 11 anos", dizendo desconhecer qualquer caso de reações adversas.

Os dados divulgados na terça-feira pela Direção Regional da Saúde apontam que a Madeira registou 1.889 casos de covid-19, o número diário mais elevado desde o início da pandemia, num total de 8.926 infeções ativas no arquipélago e 94 doentes internados.

Ainda sobre os investimentos previstos no concelho de Santa Cruz, o presidente do Governo Regional salientou que vão decorrer obras nas abobadas dos pilares do Aeroporto da Madeira e na rotunda da Cancela, projetos na ordem dos 11,5 milhões de euros.

Leia Também: Madeira com cerca de 2.000 alunos confinados não adiou reínicio das aulas

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