Problemas no certificados? Portugal pede explicações à Comissão Europeia
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde "não têm registo de constrangimentos" quanto à emissão de certificados Covid-19 da União Europeia.
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País Covid-19
Depois de a Comissão Europeia ter admitido, esta quinta-feira, existirem problemas em Portugal na emissão de certificados Covid-19 da União Europeia (UE), no que à informação da dose de reforço da vacina diz respeito, o Governo vai pedir esclarecimentos à entidade. Isto porque os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) "não têm registo de constrangimentos", avançam em declarações à CNN Portugal.
Fonte oficial dos SPMS asseverou ao canal que não há informação de "constrangimentos associados à emissão de Certificados Digitais Covid da UE com a informação referente à dose de reforço da vacina".
E mais: "Na ausência de qualquer reporte de constrangimentos técnicos pela própria Comissão Europeia, a SPMS, E.P.E. já solicitou à referida entidade os necessários esclarecimentos quanto à matéria publicada", é ainda referido.
De recordar que, ontem, em nota enviada à agência Lusa, fonte oficial do executivo comunitário afirmou que "parece haver problemas em Portugal quando se trata da emissão de certificados na sequência da administração de uma dose de reforço. Os nossos peritos estão em contacto com as autoridades portuguesas".
A informação surge depois de queixas de utilizadores que não conseguiram ter acesso ao certificado que atesta administração da dose de reforço após uma série primária de vacinação antiCovid-19 (de duas doses), como estipulado pelas regras europeias desde final de dezembro passado.
No final de dezembro de 2021, a Comissão Europeia anunciou que o Certificado Digital Covid-19 da UE iria passar a incluir informação sobre doses de reforço das vacinas, bem como a ter uma validade de nove meses para efeitos de viagem no espaço comunitário. Esta última medida apenas entra em vigor no início de fevereiro.
Dados de Bruxelas revelam que, até agora, foram emitidos 1,17 mil milhões certificados na UE, num total de 60 países e territórios dos cinco continentes que já aderiram ao sistema.
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