Mostra-lhes um vídeo sobre violência nas escolas, explica-lhes por palavras e com recurso a jogos como nasce e se desenvolve o 'bullying' (intimidação sistemática e vexatória), explica as suas diferentes formas e como - e a quem - se devem denunciar essas práticas.
Os alunos interagem abundantemente, multiplicando dúvidas e ensaiando respostas para as questões que o militar vai deixando. E a manhã diferente acaba com a distribuição de folhetos talhados para funcionar ao jeito de revisão da matéria dada.
Atenta ao desenrolar da aula está a comandante do Destacamento de Gaia da GNR, capitão Joana Alves. Atenta e satisfeita com o trabalho do seu subordinado.
"Tem jeito para isto", consente, quando abordada pela agência Lusa.
Satisfeito com o trabalho do militar, confessou-se igualmente o aluno Rodrigo Pimentel, 9 anos.
"Já sabia alguma coisa sobre 'bullying', mas aprendi mais: que também pode ser social e através das redes sociais" ['cyberbullying'], comenta à agência Lusa.
O colega Pedro Resende, 10 anos, também já tinha umas noções sobre a matéria e retém mais as explicações de Marco Silva, sobre como e a quem se devem denunciar potenciais situações de 'bullying'.
Crê, contudo, que será desnecessário usar esses conhecimentos.
"Aqui somos todos bons amigos. Até agora, não sei de nenhuma situação de 'bullying' e isso é muito bom", congratula-se.
Mas não é só na Escola de Mexedinho.
Em toda a área do Destacamento da GNR em Vila Nova de Gaia, que abrange parte deste concelho e do de Gondomar, o problema é residual, com o registo de um a dois casos por ano, garante a comandante.
Talvez porque se vão multiplicando acções com esta, consente Joana Alves.
A de hoje enquadra-se nas comemorações nacionais, promovidas pela GNR, do Dia da Não Violência e Paz nas Escolas.
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