“Todos devem votar independentemente de estarem em isolamento”
A Comissão Nacional de Eleições discursou hoje no Parlamento no sentido de apelar ao voto para as eleições legislativas de 2022.
© Reuters
Política Eleições
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) apelou aos portugueses para que não deixem de votar por receio de que possa não ser seguro para a sua saúde, salientando que tanto as votações antecipadas como a campanha eleitoral ocorreram “de forma tranquila” e “sem incidentes”.
Num discurso na manhã de sábado no parlamento, a CNE reforçou que “estão reunidas todas as condições para que o voto seja exercido em absoluta segurança”, acrescentando que “foram fornecidos aos membros de mesa e de mais pessoas envolvidas no processo os equipamentos de proteção individual que, desde que devidamente utilizados, salvaguardam a sua saúde”.
Frisou ainda que “os locais de voto foram criados de forma a não existirem condições favoráveis ao contágio” e pediu a todos que “cumpram as suas responsabilidades” de voto como de higienização e uso de máscaras. “Todos devem votar independentemente de estarem em isolamento”, mencionou, assegurando que “não existem quaisquer dúvidas de que votar é seguro, pelo que não há justificação para que qualquer cidadão deixa de votar por receio à sua saúde”.
Relembrou que desde que a pandemia teve início já decorreram outros processos eleitorais, tanto a nível local como nacional, sem que tenha sido identificado “qualquer surto” associado à Covid-19.
A Comissão reiterou a possibilidade de se formarem filas no período da manhã, recomendando que, quem possa, exerça o seu direito fora desse período. Esta previsão é feita com base em eleições passadas pelo que é desconhecido quais os locais em que se possa verificar atrasos no processo que decorrerá em 14.000 locais de voto distribuídas por todo o país.
O dia das eleições é visto, pela CNE, como uma oportunidade de “afirmação de civismo e cidadania”, pelo que explica que “para ir votar, o tempo de contacto com outras pessoas e o número de pessoas com que se contacta é muito inferior àquilo que acontece numa simples compra de rotina no supermercado", esclarecendo que "o perigo é muito menor”.
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