Risco de internamento com variante Ómicron é 75% inferior face à Delta

As conclusões derivam de um estudo realizado pela DGS e pelo INSA, que veio ainda revelar que as pessoas infetadas com Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de falecer por causa da doença.

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Ema Gil Pires
04/02/2022 12:32 ‧ 04/02/2022 por Ema Gil Pires

País

Coronavírus

As pessoas  infetadas  com  a variante Ómicron têm um risco de internamento hospitalar 75% inferior ao das pessoas infetadas com a variante Delta, revela um estudo conjunto realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Como informa uma nota de imprensa a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o estudo veio mostrar que por cada 100 pessoas internadas por causa de uma infeção com a variante Delta, apenas 25 pessoas acabariam em situação de internamento caso infetadas com a variante Ómicron

Segundo a nota conjunta enviada à comunicação social, estes resultados verificam-se "independentemente  da idade, do sexo" e "do estado vacinal" do paciente, bem como de se ter verificado uma "infeção anterior" por Covid-19.

O estudo, "realizado de forma semelhante ao de agências congéneres de Ministérios da Saúde de outros países da União Europeia", veio ainda revelar que as pessoas infetadas com Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de falecer por causa da doença.

A DGS e o INSA destacam ainda que os "primeiros relatórios de estudos em animais e laboratoriais mostraram que a Ómicron poderia ser  menos  grave" do que as variantes anteriormente conhecidas, algo que veio a ser suportado "por  estudos  em  humanos  realizados  no Reino  Unido".

Porém, "a magnitude  da  redução  do  risco  de internamento e mortalidade  de infeções por Ómicron em comparação com Delta ainda não tinha sido totalmente clarificada" até agora, embora este estudo venha, na ótica de ambas as entidades, revelar "resultados encorajadores".

Ainda assim, as duas entidades alertam que a Ómicron está associada a maior capacidade de escapar parcialmente à proteção do esquema  vacinal  completo  e  a  uma  elevada transmissibilidade, o que resulta num "maior número absoluto de casos". Posto isto, apesar de esta variante estar associada a uma menor gravidade, não deixa de existir um "risco de sobrecarga do sistema de saúde".

Este novo estudo foi realizado em pessoas residentes em Portugal no mês de dezembro, revelam a DGS e o INSA.

Leia Também: Covid-19. África do Sul fez a sua própria versão da vacina da Moderna

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