Tinha plano com detalhes e armas para o executar. João ia matar colegas

Natural da Batalha, mas a viver em Lisboa, jovem de 18 anos planeava ataque na Faculdade de Ciências. Queria matar colegas e tornar-se no primeiro assassino em massa português, inspirado nos atentados ocorridos em escolas dos Estados Unidos. Tudo o que se sabe.

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Notícias ao Minuto com Lusa
11/02/2022 07:55 ‧ 11/02/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Lisboa

Um jovem inteligente, introvertido e com dificuldades de socialização. É deste modo que os media nacionais descrevem, esta sexta-feira, o rapaz de 18 anos que foi detido, ontem, pela Polícia Judiciária (PJ), por estar a planear levar a cabo um atentado na Faculdade de Ciências de Lisboa onde o objetivo era matar o máximo possível de colegas, em dia de exame.

O crime em grande escala estava 'marcado' para hoje e, de acordo com o Jornal de Notícias, a 'inspiração' deste jovem, de nome João, estudante de engenharia, eram os homicídios em massa perpetrados em escolas dos Estados Unidos. Queria ser o primeiro assassino em massa português

Natural da Batalha, o estudante, aluno do 1.º ano de Engenharia Informática, foi detido pela PJ na casa onde residia nos Olivais, em Lisboa. A operação, executada através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), envolveu buscas domiciliárias, nas quais foram apreendidos "vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais".

"Para além de várias armas proibidas, seriam igualmente apreendidos outros artigos suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos, vasta documentação, isto, para além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear", indica o documento da PJ a que o Notícias ao Minuto teve acesso. Tratar-se-ia de um atentado a título individual e não teria por detrás a ação de um grupo.

O Público sublinha que, na habitação, foram encontradas facas, catanas, dardos em aço, um arco e flechas, mas não armas de fogo. A PJ, por outro lado, indicou ter encontrado materiais inflamáveis, como gasolina e gás.

Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que, na sequência dos atentados do 11 de setembro de 2001, fazem "um varrimento regular transversal da 'dark net' e de 'sites' considerados perigosos, o que tem permitido antecipar atentados terroristas".

Já a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde o ataque terrorista ia ser executado, assegurou, esta quinta-feira, ter colaborado "estreitamente" com as investigações. O normal funcionamento da Faculdade não será alterado.

Em nota, a Faculdade indicou que, "após contacto da Polícia Judiciária (PJ), colaborou estreitamente no contexto da investigação relacionada com a suspeita de atentado dirigido a estudantes universitários da ULisboa e que levou ao desenlace anunciado esta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, pela PJ".

O suspeito do ataque terrorista programado para hoje na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e travado pela Polícia Judiciária na quinta-feira, é hoje ouvido em primeiro interrogatório judicial.

Leia Também: Suspeito de terrorismo na Faculdade de Ciências da ULisboa ouvido hoje

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