Bebé de 13 meses já não está ligado à ECMO e "está bem"

Segundo Maria João Baptista, diretora clínica do Hospital São João, no Porto, foi possível extubar e retirar o bebé de ECMO ao fim de cinco dias. Permanece, contudo, em cuidados intensivos, de forma a avaliar a sua evolução nestes próximos dias.

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Daniela Filipe
16/02/2022 12:20 ‧ 16/02/2022 por Daniela Filipe

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Covid-19

O bebé de 13 meses com Covid-19 que foi internado nos cuidados intensivos do Hospital São João, no Porto, e que necessitou de Oxigenação por Membrana Extracorporal (ECMO), já está extubado e "está bem", segundo adianta a diretora clínica da instituição, Maria João Baptista.

Em conferência de imprensa, a responsável refere que o bebé, transferido no dia 5 de fevereiro do Centro Materno Infantil do Norte (CMIN) por alterações cardíacas, estava "em situação de choque, de insuficiência circulatória", pelo que "teve de ser ventilado, colocado em ECMO e, logicamente, entrou em cuidados intensivos".

"Após este procedimento, e tendo em conta todo o trabalho da equipa da cardiologia pediátrica, dos cuidados intensivos da pediatria, e da equipa de ECMO, o bebé progressivamente foi estabilizando", continua Maria João Batista, revelando que, ao fim de cinco dias, foi possível ser extubado e retirado de ECMO.

Neste momento, a diretora clínica salienta que "o bebé está bem, está simpático, com os olhinhos abertos", permanecendo ainda em cuidados intensivos de forma a avaliar a sua evolução nos próximos dias.

"Acreditamos que, em breve, saia dos cuidados intensivos. Não vai estar muito mais dias nos cuidados intensivos", acrescenta.

Maria João Batista explica que o bebé apresentava "uma anomalia de ritmo provocada por uma inflamação do coração, que aconteceu de uma forma aguda, e que depois também se manifestou no pulmão", que provocou uma "tempestade arrítmica".

"Ou seja, o bebé, no contexto da sua infeção Covid-19, fez uma anomalia de ritmo muito grave, que pôs a sua vida em risco. Não encontramos até ao momento nenhuma outra causa que possam ter justificado estes achados", assegura.

Quanto à evolução do bebé, a responsável realça que os 11 dias de internamento "seguramente [que] para a família foram muito duros, e para as equipas também". Ainda assim, e de acordo com as informações disponíveis tanto sobre a Covid-19, como sobre as anomalias de ritmo, "desde que os bebés sejam tratados de uma forma muito precoce e com os meios que temos ao nosso dispor, geralmente evoluem muito bem", tendo sido o que verificaram neste caso.

A ECMO, recorde-se, é uma técnica extracorporal de bypass cardiopulmonar, utilizada tanto para suporte de falência cardiovascular grave refratária, como na falência respiratória grave refratária.

[Notícia atualizada às 12h44]

Leia Também: Bebé ligado a ECMO entrou com "miocardite". "Situação está controlada"

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