O comentador político Luís Marques Mendes apontou hoje que "em Portugal, na prática, a pandemia acabou", numa reação ao levantamento de medidas restritivas decidido esta semana pelo Governo e entretanto promulgado pelo Presidente da República. Assim sendo, o conselheiro de Estado aproveitou para fazer um balanço da gestão da Covid-19 no país.
"Em Portugal, na prática, a pandemia acabou. Formalmente ainda não", começou por referir, no Jornal da Noite deste domingo, na SIC.
"Esta pandemia foi uma coisa terrível do ponto de vista da saúde, do ponto de vista psicológico, do ponto de vista económico", sublinhou. "Tivémos cinco vagas. A primeira foi aquela que pregou um maior susto a cada um de nós. Faltava tudo: até ventiladores."
Depois de destacar algumas datas marcantes, como a identificação do primeiro caso do vírus no país ou quando foi declarado pela primeira vez o Estado de Emergência, o social-democrata quis também sublinhar alguns dos "melhores momentos".
"Dentro desta pandemia, com as decisões dificéis que houve necessidade de tomar, houve sempre um grande consenso político e institucional - entre Presidente da República, Primeiro-ministro e líder da oposição - e isso foi um grande exemplo. Porque esse consenso político ajudou a dar confiança às pessoas."
Luís Marques Mendes apontou ainda a administração da primeira vacina no país como o "momento de esperança" e a altura em que "Portugal foi considerado o líder mundial da vacinação", em setembro de 2021, o "momento de orgulho".
"O país, de um modo geral, tem uma apreciação positiva da gestão que o país fez da pandemia", indicou.
No que toca a personalidades, o comentador referiu a ministra da Saúde, Marta Temido, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, o vice-almirante Gouveia e Melo, bem como os especialistas do Infarmed e todos os profissionais de saúde.
Atualmente, para Marques Mendes, este alívio de restrições é um indicador, para a população, de que "vamos ter de viver com a doença, com cautelas, com cuidados", mas as pessoas "já viraram a página".
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