Marcelo Rebelo de Sousa promulgou, na sexta-feira, o decreto-lei que determinou o alívio de medidas delineadas para combater a propagação da pandemia. Em declarações à CNN Portugal, o Presidente da República confessa que tomar a decisão de aprovar este decreto-lei "não foi difícil".
Na sua perspetiva, o Governo tomou "muito bem" a decisão de promover um alívio de medidas, com base nas explicações dos especialistas, que mostraram porque era "possível" efetivar o mesmo.
Como explica o Presidente da República, "difícil" foi tomar as medidas "restritivas", visto que, na sua perspetiva, "dar boas notícias é a coisa mais fácil em política".
Na ótica do chefe de Estado, "as pessoas estavam a precisar" deste aligeirar de restrições. Isto porque a pandemia acabou por "descompensar" muitos portugueses "ao nível da saúde mental".
"Houve momentos muito complicados", aponta Marcelo Rebelo de Sousa, referindo-se particularmente ao caso da primeira vaga da pandemia. Dizendo não ter grandes tendências para depressões, o Presidente da República admitiu que "para quem tivesse essa propensão", todo esse período foi "um bocadinho deprimente".
O chefe de Estado considera que o período da campanha e das votações alusivas às eleições presidenciais, em janeiro de 2021, foi também "muito complicado", pois foi a altura em que se atingiu "a fase pior da pandemia", a nível do número de "mortos" e de "internamentos".
Olhando para aquilo que pode ser o futuro da crise pandémica, Marcelo Rebelo de Sousa salvaguarda-se do discurso dos especialistas, que dizem que a doença passará a ser "periódica, como a gripe". Assim, acredita que, "no final do verão", a Covid-19 possa voltar "a aparecer", podendo aí ser necessário um novo esforço de vacinação.
No que concerne a crise económico-financeira derivada da pandemia, o Presidente da República garante que "não vai falar até ao discurso de posse" do novo Executivo.
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