Madeira prevê impacto nas ligações aéreas diretas a Moscovo e Kiev
O Governo da Madeira indicou hoje que a ofensiva militar da Rússia em território da Ucrânia terá impacto no setor do turismo, afetando as ligações aéreas diretas entre a região e as capitais dos países em conflito, Moscovo e Kiev.
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País Ucrânia
"O nosso desejo é que este conflito termine o mais rapidamente possível", disse o chefe do executivo regional, Miguel Albuquerque, referindo que atualmente se encontram no arquipélago 189 turistas ucranianos e 223 turistas russo, chegados em voos diretos.
O governante, que falava à margem de um evento cultural, no Funchal, indicou, por outro lado, que 413 cidadãos russos e 328 ucranianos residem na região autónoma.
"São cidadãos que estão perfeitamente integrados, não temos qualquer problema do ponto de vista político, as pessoas estão integradas, cumprem as regras do país, são cidadãos exemplares", declarou.
Miguel Albuquerque disse que, de momento, não dispõe de dados sobre o número de madeirenses residentes nos países em conflito.
O governante indicou também que vai participar, por videoconferência, na reunião de hoje do Conselho Superior de Defesa Nacional e alertou para a necessidade de a Europa e os Estados Unidos reforçarem a aliança, bem como de a União Europeia reduzir a dependência energética da Rússia e reforçar a política comum de segurança e defesa.
Entretanto, o secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, esclareceu que a operação turística com a Rússia envolve um voo semanal direto de Moscovo, o mesmo acontecendo com a Ucrânia, com ligação direta entre Kiev e a Madeira.
"As operações estavam previstas se manter até outubro deste ano e iam gerar a possibilidade de cada uma delas trazer cerca de 7.000 pessoas à Madeira", disse.
Eduardo Jesus considerou que o conflito militar "naturalmente vai afetar o turismo", mas sublinhou ser ainda "muito cedo para saber o que vai acontecer".
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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