O problema prende-se com os contratos de trabalho de centenas de trabalhadores que terminam no final de fevereiro, sem que tenha sido acautelada a respetiva renovação, disse à Lusa o secretário-geral da FNE, sem conseguir ainda precisar o número exato de funcionários nesta situação.
"Não conseguimos saber ao certo o número de pessoas, só nos vamos dando conta pelas situações de escolas de pessoas que nos contactam", disse à Lusa João Dias da Silva.
A FNE garante que se trata de trabalhadores essenciais "para que as escolas em que estão colocados continuem a funcionar com regularidade".
O problema abrange tanto funcionários na dependência direta do Ministério da Educação como de câmaras municipais e a FNE considerou que "estas situações não tiveram o enquadramento que permitisse a resolução do problema, o que obviamente se está a traduzir num fortíssimo e desnecessário mal-estar".
Neste momento estão a decorrer vários concursos para a contratação de trabalhadores não docentes, tendo em conta as necessidades das escolas, mas os respetivos procedimentos não estão ainda concluídos.
"Em princípio, as pessoas deverão ser integradas pelos concursos que estão a decorrer. Só que os atuais contratos estão a terminar e os procedimentos concursais não estão concluídos. Por isso torna-se necessário prorrogá-los até ao fim desses procedimentos", disse João Dias da Silva.
A Lusa questionou esta tarde o Ministério da Educação sobre a situação destes trabalhadores, mas ainda não obteve resposta.
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