"Já chegaram à Guarda, esta madrugada, os primeiros 43 refugiados vindos da Ucrânia que o Município da Guarda trouxe de Varsóvia (Polónia) em estreita colaboração com a Secretaria de Estado da Internacionalização", refere a autarquia numa nota publicada na rede social Facebook.
Segundo a fonte, dos 43 refugiados resgatados "25 são mulheres, 17 são crianças e um [é] idoso".
A autarquia da cidade mais alta do país, presidida por Sérgio Costa, informa, ainda, que "fizeram também a viagem três gatos".
"O grupo chegou à cidade mais alta por volta das 02:30 da madrugada e [os refugiados] ficaram alojados na Pousada da Juventude, onde os esperava uma refeição quente. Entretanto, durante o dia, já foram encaminhados, muitos deles, para familiares e amigos de norte a sul do país e há também outros que irão mesmo ficar pela Guarda, onde dizem ter sido 'muito bem recebidos'", lê-se na nota.
O autocarro que transportou os 43 refugiados da Ucrânia saiu da Guarda no sábado, com destino a Varsóvia.
A viatura levou bens essenciais, quatro motoristas, dois tradutores, um médico e uma enfermeira, de acordo com informação disponibilizada pela autarquia.
No dia 28 de fevereiro, o município da Guarda criou um Gabinete de Crise para apoio aos refugiados ucranianos e disponibilizou, no imediato, uma capacidade para acolher 125 pessoas.
O Gabinete de Crise foi criado pela autarquia da Guarda "colaborando numa estratégia humanitária e de acolhimento dos refugiados ucranianos que queiram vir para Portugal, em articulação, naturalmente, com o Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social", disse, na ocasião, o autarca Sérgio Costa.
"Neste momento, disponibilizámos, já no imediato, a capacidade para acolher 125 pessoas, com a colaboração da Movijovem através da Pousada da Juventude e da Diocese da Guarda, que prontamente nos indicou o Centro Apostólico e o Seminário da Guarda e outros espaços, para alojar, desde já, os refugiados ucranianos que manifestem a sua vontade de vir para o concelho da Guarda", adiantou.
Segundo o autarca, a capacidade de alojamento "pode chegar até às 250 pessoas".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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