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Diocese do Porto disponibiliza 70 camas em seminário para refugiados

A Diocese do Porto disponibiliza 70 camas no Seminário do Bom Pastor, em Ermesinde, para acolher os refugiados que estão a fugir do conflito armado na Ucrânia, avançou hoje à Lusa o padre Samuel Guedes.

Diocese do Porto disponibiliza 70 camas em seminário para refugiados
Notícias ao Minuto

16:04 - 10/03/22 por Lusa

País Ucrânia

"Manuel Linda, Bispo do Porto, decidiu disponibilizar um dos pavilhões do Seminário do Bom Pastor, em Ermesinde, o mesmo espaço que esteve disponível para o hospital covid-19 nestes dois anos da pandemia e que agora ficou livre", declarou à Lusa, em entrevista telefónica, o padre Samuel Guedes.

O espaço no Seminário do Bom Pastor tem capacidade para 70 camas, acrescentou.

"Estamos preparados para receber a qualquer momento. Estou precisamente no espaço onde vai funcionar esse acolhimento com a instituição Diocesana, que vai fazer a logística de todo este serviço", disse o ecónomo diocesano, referindo que chegou hoje um avião com 200 refugiados ucranianos a Portugal e que podem ser enviados alguns desses passageiros para o Seminário do Bom Pastor.

A Diocese do Porto está também a montar um serviço pedagógico para poder responder às necessidades das crianças que possam vir a chegar.

"Precisamos de as ajudar num plano pedagógico no tempo que vão passar aqui, assim como no ensino do português dos adultos, para assim facilitar na comunicação", explicou.

O padre Samuel Guedes sublinha, contudo, que não sabe quem virá.

"Se vêm só mães e crianças, se vêm alguns idosos. Ainda não sabemos esses dados. Mas só chegarão cá aqueles que a Segurança Social faz chegar a este espaço", concluiu.

Este trabalho de acolhimento está a ser feito numa cooperação com a Segurança Social para podermos responder de forma articulada ao acolhimento dos refugiados da Ucrânia"

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 15.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis, entre os quais 41 crianças.

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