De acordo com uma nota hoje divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro, a reunião, que terá início às 11:00 locais (10:00 de Lisboa) "terá como foco a Segurança Energética na Europa, para concertar posições com vista ao Conselho Europeu dos dias 24 e 25 de março".
Num encontro que junta os quatro maiores países do sul da Europa, embora o primeiro-ministro grego intervenha por videoconferência, os chefes de Governo deverão concertar posições para a cimeira da semana seguinte em Bruxelas, que, entre os muitos temas em agenda, será também consagrada à questão energética, à luz da guerra lançada pela Rússia na Ucrânia.
No quadro do compromisso assumido pela União Europeia (UE) de se libertar da dependência do petróleo, gás e carvão da Rússia, António Costa tem defendido junto dos seus homólogos europeus a importância de se completarem as interconexões energéticas entre Portugal e Espanha e Espanha e França, considerando que a integração do mercado ibérico no mercado global é "fundamental".
Essa posição voltou a ser expressa na cimeira informal dos líderes da UE celebrada na semana passada em Versalhes, França, na qual a Comissão Europeia ficou também de estudar a proposta que Portugal apresentou no sentido de os Estados-membros terem liberdade de proceder a uma redução temporária do IVA de modo a reduzir os preços dos combustíveis.
Em declarações no final de uma cimeira informal de líderes da UE em Versalhes, França, António Costa apontou que "uma questão central" dos trabalhos foi "a crise energética como consequência da guerra que a Rússia desencadeou contra a Ucrânia, e que é hoje um tema que preocupa todas as sociedades europeias, cada uma das portuguesas, cada um dos portugueses".
O chefe de Governo adiantou que, "sobre essa matéria, a Comissão Europeia ficou de apresentar para a próxima reunião do Conselho [24 e 25 de março] diversas modalidades de intervenção sobre os preços, de forma a poder contribuir para a redução do preço do gás", e disse esperar "que no próximo Conselho seja possível tomar uma decisão para, de uma vez por todas, deixar de indexar a fixação do preço da eletricidade ao preço do gás".
Leia Também: Portugal não tem constrangimentos na disponibilidade de energia