De acordo com uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "falou esta manhã ao telefone com o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, que está na ilha de São Jorge, onde pernoitou, e que lhe explicou a situação".
José Manuel Bolieiro informou o Presidente da República das "medidas tomadas e previstas pelo Governo Regional, salientando a compreensão da população quanto ao fenómeno sísmico em curso e quanto à necessária prevenção", lê-se na mesma nota.
Na quarta-feira, a Proteção Civil dos Açores ativou o Plano Regional de Emergência devido à elevada atividade sísmica que se regista em São Jorge desde sábado. Os planos de emergência municipais dos dois concelhos da ilha, Velas e Calheta, foram igualmente ativados.
Também na quarta-feira, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) elevou o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge para V4 (de um total de cinco), o que significa "possibilidade real de erupção".
Perante este cenário, o executivo açoriano recomendou à população com maiores vulnerabilidades da principal zona afetada na ilha de São Jorge (entre a Fajã das Almas e as Velas) que abandone as suas casas.
As ilhas do grupo central dos Açores, onde se inclui a ilha de São Jorge, estão sob aviso amarelo devido às previsões de chuva, entre hoje e sábado.
Segundo o presidente do CIVISA, Rui Marques, a precipitação, conjugada com a crise sísmica, pode provocar desabamentos em São Jorge.
O executivo açoriano decidiu, por isso, proibir o acesso às fajãs do concelho das Velas e retirar os habitantes que lá vivem.
Segundo os dados provisórios dos Censos 2021, a ilha de São Jorge tem 8.373 habitantes, dos quais 4.936 no concelho das Velas e 3.437 no concelho da Calheta.
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