Perante o coletivo de juízes, o suspeito disse que "a única verdade" da acusação diz respeito à posse de armas sem licença, que seriam propriedade do pai, já falecido.
Quanto aos restantes factos, o arguido diz que é tudo mentira, atribuindo as acusações a sentimentos de "ciúmes e raiva" por parte do ofendido, com quem teve uma relação de amizade que terá terminado devido a suspeitas relacionadas com uma suposta traição da sua então namorada.
"Éramos amigos. Zangámo-nos porque ele começou com desconfiança que tinha um caso com a namorada dele", afirmou o arguido, confirmando que, atualmente, mantém um relacionamento com a mulher em causa, que só começou em outubro de 2019.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os factos ocorreram em janeiro de 2018, quando o arguido ateou fogo a uma viatura estacionada numa rua de Águeda, poucos meses depois de ter agredido o proprietário da viatura com socos no corpo e na cabeça, ameaçando-o de morte.
Em outubro de 2019, após a realização de buscas à sua residência, os inspetores da Polícia Judiciária de Aveiro apreenderam uma pistola transformada, uma pistola de alarme, dezenas de munições e cartuchos de caça.
A acusação do MP refere que o arguido atuou com a intenção de "colocar o ofendido num estado de medo e inquietação pela sua vida" e de atentar contra a sua saúde e integridade física.
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