No domingo, dia 10 de abril 2022, pelas 12h00 horas, cerca de 200 ucranianos juntaram-se na praça da Praia dos Pescadores, em Albufeira, para apelar ao fim da guerra na Ucrânia.
Na praça foram colocados 177 peluches que representam os brinquedos das crianças que morreram na guerra. A Associação quis chamar a atenção da comunidade portuguesa e internacional para "ajudar Ucrânia a parar a guerra agora e conseguir que mais nenhuma criança morra vítima da guerra no território da Europa", pode ler-se no comunicado da Associação dos Ucranianos em Portugal.
Na praça estiveram presentes cerca de 200 pessoas da comunidade ucraniana, portuguesa e internacional. Entre eles, estiveram também refugiados ucranianos recém chegados a Portugal.
Várias famílias receberam os seus familiares "há mês, uma semana ou até há dois dias", revela a nota. “Eu cheguei a Portugal no dia 22 de março. Acho importante estarmos ativos onde quer que se encontrem depois de sair da Ucrânia. Procurem centros de recolha de ajuda humanitária, façam manifestações, angariação dos bens, comprem medicamentos. O nosso país precisa de nós. Hoje! Amanhã! E todos os dias! Apenas juntos vamos vencer!” revela Natalia Skomorokhova, refugiada em Albufeira.
“Nós queremos parar com esta guerra injusta que vitimiza crianças, esta contagem tem que parar. Guerra injusta, horrível, sem regras. Crianças estão a morrer em frente das mães e depois matam as mães. Hoje! No centro da Europa! Parem a guerra! Nós estamos de coração cheio e queremos agradecer Portugal e aos portugueses por estarem ao lado de nós neste tempo horrível e injusto. Nós estamos a sentir o vosso apoio, e cada esforço vocês estão a fazer com alojamento, acolhimento, e na recolha de bens,” disse ainda Oksana Turyk, Coordenadora da Associação dos Ucranianos em Portugal, do núcleo de Albufeira, citada na mesma nota.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 49.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos civis e militares e, embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou já pelo menos 1.892 mortos, incluindo 153 crianças, e 2.558 feridos entre a população civil.
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