Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa, em São Bento, depois de ter estado reunido por videoconferência com o primeiro-ministro ucraniano, encontro que durou cerca de uma hora.
Interrogado sobre a razão que leva Portugal a não pressionar no sentido de que a União Europeia adote o embargo total às importações de gás russo, o líder do executivo voltou a recusar esse caminho.
"Na União Europeia, devemos procurar as posições comuns entre todos e que não gerem a divisão entre todos", começou por alegar, antes de reiterar a ideia de que para Portugal até seria fácil "pôr-se na linha da frente e de forma muito vocal" apoiar o embargo total imediato das importações de gás proveniente da Rússia.
"Mas convém compreender que há outros parceiros nossos na União Europeia que não estão na mesma situação. Isto não pode ser um concurso de popularidade junto da Ucrânia, mas um exercício de responsabilidade no seio da União Europeia", reagiu o primeiro-ministro.
Para António Costa, o pior que poderia ser feito à capacidade de apoio à Ucrânia "era gerar divisões inúteis na União Europeia".
"Todos os países da União Europeia, mesmo os que têm maior grau de dependência face à Rússia, estão a fazer um grande esforço de reduzirem o respetivo grau de dependência até ao próximo inverno", acrescentou.
Leia Também: Costa aceita convite da Ucrânia e visitará Kyiv