Um guarda prisional foi agredido, na manhã desta sexta-feira, na cadeia de Angra do Heroísmo quando procedia, juntamente com um enfermeiro, à inspeção da toma de medicação de um recluso.
De acordo com Frederico Morais, da direção do Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais, "quando o guarda pediu para ele abrir a boca, o recluso deu-lhe um empurrão".
Reagindo ao empurrão, o funcionário empurrou de volta o homem para a cela. Este "empurrou a porta e entalou o pé do guarda" que teve de receber tratamento hospitalar e ficará em casa de baixa.
Já o preso não queria ser fechado em isolamento após a agressão, tendo a diretora da cadeia, para conseguir que este se deixasse fechar, oferecido acesso à cantina - onde os reclusos fazem a requisição da comida e tabaco - como moeda de troca.
O homem só foi isolado ao fim do dia, depois da cedência da direção da cadeia, indica o Sindicato dos Guardas Prisionais.
Frederico Morais indica que esta é a segunda agressão naquela cadeia no espaço de uma semana e acusa a direção do estabelecimento prisional de não garantir a segurança dos profissionais.
"O sindicato nacional irá agir judicialmente contra o recluso e vai ponderar agir judicialmente com a falta de segurança dos guardas prisionais que estão a exercer funções na cadeia de Angra do Heroísmo", detalha.
A nível nacional já foram agredidos seis guardas no espaço de uma semana, revela Frederico Morais. O Sindicato tem vindo a manifestar-se contra a falta de condições laborais, nomeadamente no que diz respeito à falta de profissionais o que, consequentemente, coloca a segurança dos mesmos em risco.
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