Projeto para ajudar a salvar a águia-caçadeira lançado hoje em Elvas

Um projeto para salvar a águia-caçadeira, uma das espécies migratórias mais ameaçadas, é lançado hoje em Elvas.

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© Carrapato/ICNF

Lusa
17/05/2022 07:00 ‧ 17/05/2022 por Lusa

País

Elvas

Várias entidades (Clube de Produtores Continente, a Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais, o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e a associação Palombar -- Conservação da Natureza e do Património Rural) assinam um protocolo que contempla ações para "apoiar e promover a conservação desta espécie migratória em Portugal e, em paralelo, identificar medidas de gestão para salvaguardá-la".

No âmbito do protocolo, e segundo adianta um comunicado, as ações de salvamento e resgate enquadram-se numa iniciativa alargada de âmbito nacional, envolvendo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e organizações ambientais como a Liga para a Proteção da Natureza e a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.

"A Águia-caçadeira, também conhecida como tartaranhão-caçador, não constrói ninhos nas árvores, ao contrário de muitas outras aves de rapina, mas sim no solo, o que a torna mais suscetível à atividade agrícola", informa o comunicado.

Além da realização de um censo nacional para identificar o número de casais reprodutores que existem, estão planeadas ações de prospeção de colónias e ninhos, que incluem o apoio no resgate de ovos que estejam em parcelas em risco de serem ceifadas, assim como iniciativas de proteção.

Será igualmente realizado um estudo para compreender a importância das searas para a biodiversidade de aves, coordenado pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e pela Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural.

As águias-caçadeiras são aves migratórias que costumam estar em Portugal entre meados de março até setembro, voando depois para África.

A sua distribuição é maior nas planícies alentejanas e no planalto mirandês, frequentando terrenos abertos, com poucas árvores e áreas com culturas de cereais.

As entidades envolvidas neste projeto pretendem "inverter a extinção desta espécie e trabalhar em conjunto para promover um sistema alimentar amigo do ambiente", diz o comunicado.

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