Para preparar a reunião da manhã de hoje com o primeiro-ministro polaco, o líder do executivo português encontrou-se na quinta-feira ao jantar com representantes de alguns dos principais investidores nacionais na Polónia, casos da Jerónimo Martins, do Millenium Bank Polska ou da Mota Engil.
No final desse jantar, António Costa fez questão de salientar que ouviu os empresários "sobre perspetivas e eventuais bloqueios" existentes no mercado polaco -- bloqueios que, certamente, transmitirá durante a reunião de trabalho com Mateusz Morawiecki.
Mateusz Morawiecki e António Costa darão depois uma conferência de imprensa conjunta, tendo como temas centrais as questões da segurança coletiva da Europa na sequência da intervenção militar russa na Ucrânia e as relações económicas entre os dois países.
A seguir, o primeiro-ministro parte para o Estadio Nacional de Varsóvia, onde está instalado um dos vários centros de acolhimento e encaminhamento de refugiados ucranianos em território polaco.
No início deste mês, numa conferência internacional de alto nível de doadores para a Ucrânia promovida pelos governos da Polónia e da Suécia, o primeiro-ministro anunciou que Portugal vai contribuir com 2,1 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia, dos quais um milhão de euros para as respostas das Nações Unidas e 1,1 milhões adicionais.
"Portugal está preparado para se comprometer com um contributo financeiro de um milhão de euros para a reposta humanitária das Nações Unidas e 1,1 milhões de euros adicionais em ajuda humanitária para a Ucrânia, num pacote total de 2,1 milhões de euros. Portugal está com a Ucrânia", declarou o líder do executivo português na sua intervenção.
António Costa observou depois que Portugal, "apesar de ser o país mais ocidental da Europa e o mais afastado da Ucrânia, já recebeu 35 mil refugiados ucranianos".
"A estas pessoas reafirmamos o nosso mais forte compromisso de assegurarmos a sua segurança e bem-estar. No entanto, estamos todos conscientes de que a situação mais difícil é a que enfrentam aqueles que continuam na Ucrânia onde a situação humanitária é em muitos casos muito, mesmo muito crítica", acrescentou.
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