Designada por 'FoodLink', a rede "para a transição alimentar" na Área Metropolitana de Lisboa (AML) conta já com cerca de 30 entidades, segundo foi divulgado pelos promotores.
Na cerimónia, que contou com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, as entidades envolvidas explicaram que "com a criação desta rede o planeamento alimentar em toda a Área Metropolitana de Lisboa ganha uma relevância acrescida".
"Pretende-se caminhar para um sistema alimentar sustentável, resiliente e economicamente dinâmico, em sintonia com o protagonismo que os sistemas alimentares têm vindo a ganhar na agenda política internacional, no atual contexto global de crise económica, climática, pandémica e, mais recentemente, geoestratégica", justificam os promotores.
O objetivo da rede, segundo a AML, é que até 2030 possa ser assegurado cerca de 15% do aprovisionamento alimentar da Área Metropolitana, "tendo por base modos de produção sustentáveis [produção biológica, proteção integrada e agroecologia], soluções inovadoras [gestão da água para regadio, redução de fitofármacos e conservação do solo e adaptação climática] e redes de distribuição de baixo carbono em circuitos alimentares de proximidade".
Em declarações à agência Lusa, a ministra da Coesão Territorial destacou a importância da criação da rede, sublinhando que vai assegurar "uma alimentação mais saudável, um melhor uso do solo, da água" e "estimular uma produção agrícola de proximidade, mais sustentável e com maior qualidade".
"O objetivo deste projeto é assegurar uma autonomia alimentar em que a produção local assegura 15% das necessidades agrícolas. Isto exige planeamento, não só da produção, mas também do ordenamento do território, da distribuição, da logística. Portanto, exige uma nova forma de pensar e de planear o território", afirmou.
Fazem parte da AML os municípios de Alcochete, Almada, Barreiro, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sintra, Sesimbra, Setúbal e Vila Franca de Xira.
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