Nascido em Tomar em 30 de agosto de 1933, João Fraústo da Silva, licenciado em Engenharia Química e Industrial pelo Instituto Superior Técnico e Doutor em Química pela Universidade de Oxford, ocupou diversos cargos ao longo da sua carreira.
Foi o primeiro reitor da Universidade Nova de Lisboa (1973-1975) e também presidiu ao Instituto Nacional de Administração.
De 12 de junho de 1982 a 09 de junho de 1983, desempenhou o cargo de ministro da Educação e Universidades no VIII Governo Constitucional, liderado por Francisco Pinto Balsemão.
No final de 1985 foi convidado por Mário Soares para assumir as funções de Mandatário Nacional da sua candidatura à Presidência da República, o que aceitou tendo participado ativamente na campanha eleitoral.
Em 1996 foi convidado para assumir as funções de Presidente da Fundação das Descobertas/Centro Cultural de Belém, funções nas quais foi sucessivamente reconduzido até dezembro de 2006. Foi também designado para o Conselho de Curadores da Fundação Oriente e eleito presidente daquele Órgão.
João Fraústo recebeu várias condecorações. Foi distinguido em 1972, pelo Presidente da República com o grau de Grande Oficial da Ordem da Instrução Pública, sob proposta do ministro da Educação, e mais tarde, 1989, com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 1999 foi-lhe atribuída a medalha do Senado da Universidade Nova de Lisboa, e em 2000 a medalha Ferreira da Silva da Sociedade Portuguesa de Química. Em 2001, a Universidade de Lisboa atribuiu-lhe o grau de Doutor Honoris Causa em Química, em reconhecimento do relevante curriculum e contribuição para a projeção internacional do país nesta área científica.
Fraústo da Silva é autor de seis livros e 10 manuais didáticos, três teses, mais de 180 artigos científicos publicados em revistas nacionais e estrangeiras especializadas, cerca de 40 estudos, relatórios e artigos sobre problemas das Políticas da Educação e da Ciência, várias patentes e cerca de 180 comunicações apresentadas a congressos nacionais e internacionais.
Leia Também: Marcelo elogia educação bilingue das crianças lusófonas no Reino Unido