"Considera-se, pois, extremamente preocupante o episódio a que se assiste de um anúncio de encerramento, ainda que temporário, como se espera, de um serviço de vital importância para toda a população", refere a autarquia, em comunicado.
O Hospital de Braga confirmou hoje que vai fechar domingo, e durante 24 horas, a urgência de obstetrícia "pela impossibilidade de completar escalas", mas garante que "está a trabalhar" para que "a resposta seja garantida" junto de outras unidades, depois da situação ter sido denunciada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
Apesar de salientar que esta não é uma matéria de intervenção ou gestão direta sua, o município salienta não poder deixar de exigir a resolução permanente deste problema, pedindo medidas conducentes à identificação de uma solução através do diálogo entre a administração do Hospital de Braga, a Ordem dos Médicos e o Ministério da Saúde.
"Na verdade, requer-se uma clarificação por parte do Ministério da Saúde das dotações necessárias ao nível dos recursos humanos que garantam o pleno e seguro funcionamento destes serviços de saúde nos hospitais", salienta.
E, acrescenta a autarquia, caso se confirme a insuficiência de recursos humanos a tutela deve dotar os hospitais em que se verifica esta carência, como o de Braga, dos meios necessários.
Na nota de imprensa, a autarquia realça ainda que, dentro das "legítimas aspirações" de valorização profissional, os responsáveis dos sindicatos e da Ordem dos Médicos não devem, nunca, colocar em causa a prestação de cuidados de saúde às populações.
"Recorde-se que o Hospital de Braga foi recentemente `renacionalizado´. Considera-se que, caso a parceria público-privada estivesse ainda em vigor, os mecanismos de negociação e as balizas de enquadramento legal porventura a estabelecer entre instituições para resolução deste problema seriam seguramente outras, que a atual administração não tem certamente", vinca.
O município indica que o Hospital de Braga serve, atualmente, uma área direta de cerca de 300.000 utentes.
Os problemas de falta de médicos para assegurar as escalas de urgência estendem-se a outros hospitais do país, nomeadamente da região de Lisboa e Vale do Tejo.
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