"Há cerca de 2.340 dias que o atual Comandante Supremo das Forças Armadas e as associações profissionais militares convivem e partilham o espaço público, contudo, apesar dos muitos pedidos realizados, o Comandante Supremo das Forças Armadas ainda não encontrou espaço na sua agenda para falar pessoalmente com as associações profissionais militares, nomeadamente a AOFA", lê-se num comunicado.
Na nota, assinada pelo presidente do Conselho Nacional da AOFA, tenente-coronel António Mota, esta associação defende "o motivo para tal não é entendível quando é publico o vasto número de entidades e personalidades recebidas por Sua Excelência o Presidente da República".
"Os militares têm alguma dificuldade em compreender este comportamento de sua excelência o Presidente da República, num momento da vida profissional dos militares das Forças Armadas Portuguesas, tão louvados, quanto na verdade, maltratados, desconsiderados, manifestamente mal pagos e ostracizados do exercício pleno dos mais elementares direitos de cidadania, cada vez mais agravados e perpetuados", acrescentam.
Para a AOFA, "a dureza da realidade não encontra conforto em retóricas de oportunidade".
"A verdade, a frontalidade e a lealdade assim nos obrigam, dando ora pública notícia deste facto e do sentimento de incompreensão vivido entre os militares quanto a esta circunstância", rematam.
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