"Esta solução vai ter de ser discutida. É aquela que melhor serve a região Centro e o resto do país", declarou à agência Lusa Emílio Torrão, que é também presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra.
No essencial, adiantou, "há partilha da mesma posição" de Gonçalo Lopes, presidente da CIM da Região de Leiria e da Câmara desta cidade, que pediu hoje ao Governo para equacionar as localizações da Ota e Alverca para a nova infraestrutura aeroportuária do país.
"Que se discuta um aeroporto a norte do Tejo", sublinhou Emílio Torrão.
Assim, "não se teria de construir uma nova ponte" sobre o Tejo, acrescentou.
A CIM da Região de Coimbra reúne os 17 municípios do distrito de Coimbra (Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Penacova, Penela, Pampilhosa da Serra, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares), além de Mortágua (Viseu) e Mealhada (Aveiro).
Na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, revogou o despacho que apontava os concelhos do Montijo e Alcochete como localizações para a nova solução aeroportuária da região de Lisboa, desautorizando o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que no dia anterior apresentou tal proposta.
Esta solução passaria por avançar com o projeto de um novo aeroporto no Montijo, complementar ao aeroporto Humberto Delgado, na Portela, concelho de Lisboa, para estar a funcionar em fins de 2026, sendo os dois para encerrar quando o aeroporto no campo de tiro Alcochete estivesse concluído, previsivelmente em 2035.
Neste ponto, contudo, António Costa veio defender que se tem de "trabalhar para uma solução técnica, política, ambiental e economicamente sustentável (...) que seja objeto de um consenso nacional, designadamente com o maior partido da oposição", o PSD.
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