Vinte e cinco pessoas retiradas de aldeias de Alvaiázere
O incêndio que atingiu na terça-feira o concelho de Alvaiázere, no distrito de Leiria, e que se encontra em fase de consolidação, obrigou à evacuação de aldeias, com registo de 25 deslocados, disse à agência Lusa o presidente da Câmara.
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País Incêndios
"Foi um dia muito complicado. Tivemos vários reacendimentos com grande intensidade, o que nos obrigou a evacuar várias aldeias. Cerca de 25 pessoas estão deslocadas e encontram-se no centro de acolhimento. Esperamos que possam regressar às suas habitações ainda hoje", afirmou João Paulo Guerreiro.
O autarca explicou que a evacuação foi necessária por precaução, uma vez que as chamas se encontravam junto às habitações e porque o fumo era muito intenso.
"O importante é sempre salvaguardar as pessoas e os bens", salientou João Paulo Guerreiro, que disse aguardar com expectativa o dia de hoje, quando se esperam temperaturas elevadas.
O fogo em Alvaiázere, que se reacendeu na terça-feira, resulta de um incêndio no concelho de Ourém, no distrito de Santarém, que deflagrou na quinta-feira, pelas 16:37.
Segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 11:18, o incêndio estava classificado como em resolução. Estavam no local 454 operacionais, apoiados por 149 viaturas.
Dezasseis dos 18 distritos de Portugal continental estão hoje sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA.
Os distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Viseu, Porto, Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Lisboa, Portalegre, Setúbal, Évora e Beja vão estar até às 00:00 de quinta-feira sob aviso vermelho devido à persistência de valores extremamente elevados da temperatura máxima.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o aviso vermelho corresponde a "uma situação meteorológica de risco extremo".
Devido a estas condições meteorológicas e à previsão de valores baixos de humidade relativa do ar, temporariamente inferiores a 20% em vastas áreas do interior, o perigo de incêndio rural apresentará as classes máximo e muito elevado em quase todo o interior norte e centro e no interior do Algarve até ao final desta semana.
Esta situação de tempo muito quente resulta da circulação de uma massa de ar muito quente e seco, originária no norte de África, que irá persistir até sexta-feira, com valores de temperatura acima ou muito acima da média.
Portugal continental está desde segunda-feira em situação de contingência.
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