José Luís Carneiro enviou hoje uma mensagem a todos os agentes do DECIR que, nas últimas semanas, têm contribuído para a prevenção e o combate aos incêndios em Portugal.
O ministro refere que as últimas semanas "têm sido particularmente exigentes" para o sistema de proteção civil com "incêndios de grandes dimensões combatidos em condições muito adversas de temperatura, baixa humidade e ventos fortes".
O governante sublinha que estas condições meteorológicas fizeram com que vários incêndios progredissem no terreno de forma muito rápida.
"Em todos eles, assistimos à notável coragem de todos os agentes que integram o DECIR. Neste combate muito difícil, cada uma e cada um de vós teve um papel decisivo não só nas várias frentes de fogo como na proteção das populações, das suas vidas e dos seus bens, quer seja nos teatros de operações, quer seja nas tão importantes estruturas de retaguarda que dão um apoio imprescindível na tomada de decisão", sustenta o ministro.
Na mensagem, José Luís Carneiro transmite a todos os elementos do DECIR "respeito, reconhecimento e admiração" porque "o momento o exige".
"A toda a estrutura operacional da ANEPC, aos Bombeiros, Força Especial de Proteção Civil, GNR, PSP, Sapadores Florestais, vigilantes da natureza, militares das Forças Armadas, profissionais de saúde e médicos do INEM e da Cruz Vermelha, IPMA, peritos e técnicos da AGIF, técnicos dos Postos de Vigia, Operadores de Telecomunicações das salas de operações e demais técnicos e dirigentes, técnicos e responsáveis dos serviços municipais de proteção civil, oficiais de ligação das diferentes entidades junto dos centros de coordenação operacionais e, tão importantes em todo este sistema, os autarcas -- a todos, o meu muito obrigado por nunca baixarem os braços, mesmo nos momentos mais difíceis", refere.
O ministro presta ainda uma "sentida homenagem" ao piloto de uma aeronave que morreu em Vila Nova de Foz Coa durante o combate a um incêndio.
Portugal continental deixou de estar na quinta-feira em situação de alerta devido ao risco de incêndio, mas todo o dispositivo da Proteção Civil está no terreno com a capacidade máxima e a situação volta a ser reavaliada no próximo domingo.
Antes de terem entrado, na passada segunda-feira, em situação de alerta (nível mais baixo), Portugal continental tinha estado durante sete dias em situação de contingência, segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, devido ao risco extremo de incêndios.
Entre 08 e 22 de julho, ardeu em Portugal cerca de 45 mil hectares de florestas, num total de 58.000 desde o inicio do ano, a maior área ardida desde 2017 e a segunda maior década.
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