De acordo com a informação disponível às 19:00 no 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no terreno a combater os fogos ativos estavam 820 operacionais, apoiados por 238 viaturas e 14 meios aéreos.
O incêndio que deflagrou ao início da tarde na freguesia de Espite, no concelho de Ourém, distrito de Santarém, era aquele que mobilizava mais meios, estando a ser combatido por 351 operacionais, apoiados por 100 viaturas e seis meios aéreos.
Este fogo obrigou ao corte da circulação ferroviária na Linha do Norte desde cerca das 18:30, segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém.
No distrito vizinho de Leiria, um incêndio que lavra na freguesia de Amor mobilizava 224 operacionais, apoiados por 73 veículos e três meios aéreos.
No distrito de Viseu, um incêndio que deflagrou no concelho de Mangualde também hoje à tarde estava a ser combatido por 136 operacionais, apoiados por 37 viaturas e quatro meios aéreos.
Entretanto, o fogo que deflagrou na zona da serra da Estrela, em 06 de agosto no concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, e atingiu também concelhos do distrito vizinho da Guarda já foi dominado, mas ainda mobilizava 794 operacionais e 263 veículos para trabalhos de rescaldo.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou hoje que o território continental vai estar em situação de alerta entre os dias domingo e terça-feira, devido ao risco de incêndios.
"Tomámos a decisão de determinar a situação de alerta para os dias 21, 22 e 23 -- domingo, segunda e terça-feira, com reavaliação na segunda-feira ao fim do dia, tendo em vista reavaliar a necessidade de manter ou alterar a situação de alerta. Toda esta circunstância se aplica ao território continental", afirmou o governante, após uma reunião na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide (Oeiras).
Em conferência de imprensa, José Luís Carneiro explicou também que a determinação da situação de alerta durante este período pressupõe "especiais limitações quanto ao uso do fogo, ao uso de máquinas e ao uso de trabalhos agrícolas, bem como no que diz respeito ao acesso aos espaços florestais", sublinhando que a utilização do fogo é apontada como causa em 54% das ocorrências, aos quais se juntam outros 10% de causas diversas.
O ministro assinalou os "momentos absolutamente extraordinários" em termos de combate aos incêndios, com enfoque nas atuais circunstâncias meteorológicas e ambientais em Portugal.
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