Marinha interceta petroleiro com "movimento suspeito" em águas nacionais
Em causa a atividade de trasfega de crude em Portugal. Navio encontrava-se a "pairar dentro das águas sob jurisdição nacional".
País Petroleiro
A Marinha Portuguesa intercetou, "às primeiras horas de sábado", um navio petroleiro que se encontrava a "pairar dentro das águas sob jurisdição nacional". A ação decorreu após o Centro de Operações Marítimas da Marinha ter detetado "nos últimos dias o movimento suspeito de um navio petroleiro".
Em causa está a vigilância de atividade de trasfega de crude em Portugal. De acordo com comunicado partilhado pela Marinha nas redes sociais, "o navio da Marinha NRP Cassiopeia dirigiu-se para o local, a cerca de 85 milhas náuticas a sul de Portimão, o equivalente a mais de 155 quilómetros, no âmbito da patrulha e vigilância dos espaços marítimos, para efetuar a interseção com o navio-tanque com pavilhão da República da Síria".
A nota indica que o petroleiro estava "perto do limite sul da Zona Económica Exclusiva (ZEE), apresentando comportamento que indiciava preparativos para a prática de abastecimento e trasfega de crude, ações conhecidas como'"bunkering'".
O navio da Marinha aproximou-se e estabeleceu comunicações com o mesmo, pelo que petroleiro em causa "alegou que se encontrava com avaria nas máquinas principais e que necessitava de algumas horas para a sua reparação". O navio indicou ainda "que estava a aguardar instruções da companhia sobre o porto de destino".
A Marinha Portuguesa alertou que Portugal "ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, não autoriza a realização atividades de reabastecimento dentro da Zona Económica Exclusiva Nacional, por acarretarem um risco potencial para a ocorrência de poluição no mar", sendo que horas depois, o navio retomou a navegação, "encontrando-se atualmente a sair da ZEE de Portugal Continental".
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