Angola. Onde "não há observação, é mais fácil a manipulação”
Para Ana Gomes, além do dia da votação, que decorreu ontem, é “fundamental o processo de contagem”.
© Getty Images
País Ana Gomes
Ana Gomes considerou, na quarta-feira, que a falta de observadores eleitorais em Angola “facilita” a manipulação dos resultados das eleições, nomeadamente fora da capital Luanda.
Em declarações à SIC Notícias, a ex-deputada afirmou que “umas eleições não se definem apenas pela forma como se passou o dia da votação” e lembrou que “tudo o que está para trás é muito importante”, especificando as “missões de observação eleitoral da União Europeia (UE)”.
“As missões de observação eleitoral da UE, que têm regras, significam uma presença no terreno de, pelo menos, quatro meses antes, para verificar todo o processo do registo eleitoral, a campanha…”, explicou.
Para Ana Gomes, além do dia da votação, que decorreu ontem, é “fundamental o processo de contagem”. “É fundamental que o processo se faça com transparência. Vai ser muito importante o que é que se vai passar a partir de agora no processo de contagem”, sublinhou.
No seu comentário à estação de Paço de Arcos, a socialista reconheceu a “manipulação” de resultados é “mais fácil” nas regiões onde não há observadores eleitorais ou jornalistas.
“O resto do país não é Luanda, mas a verdade é que no resto do país não há observadores, jornalistas ou outros. Não há observação, é mais fácil a manipulação”, destacou.
Angola foi ontem a votos para eleger um novo Presidente da República e novos representantes na Assembleia Nacional. Durante a madrugada, foram revelados primeiros resultados provisórios das eleições gerais, que dão vantagem ao MPLA com 60,65%, seguindo-se a UNITA com 33,85%.
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