GNR desmaia no posto. Associação profissional exige explicações ao MAI
APG/GNR questiona, em comunicado, quem salvaguardou a segurança das instalações, dos equipamentos e do armamento quando o militar perdeu os sentidos.
© Global Imagens
País APG/GNR
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) exigiu, esta terça-feira, explicações ao ministro da Administração Interna sobre o caso do militar que desmaiou, no dia anterior, quando estava sozinho no posto daquela força de segurança na Moita. A associação reclama ainda "rápidas medidas" para fazer face ao "já insustentável problema da falta de efetivos".
"Este profissional, como centenas de outros pelo dispositivo nacional estava sozinho no posto territorial, o que claramente coloca em causa a sua segurança e a segurança da população", escreveu a APG/GNR numa nota à comunicação social, onde deseja também "uma rápida e plena recuperação" ao profissional que se sentiu mal.
De acordo com a associação, existia apenas uma patrulha composta por um elemento do posto territorial da Moita e um elemento do posto territorial de Santo António da Charneca – Barreiro, para as duas zonas de acção dos postos territoriais referidos, sendo que "só no município da Moita policiavam uma área com 65 mil habitantes".
"Não sabe a APG/GNR quem salvaguardou a segurança das instalações, dos equipamentos, armamento e mais importante, daquele profissional quando este terá perdido os sentidos, enquanto este foi socorrido e até à chegada da patrulha ao local", indica a mesma nota.
A Associação dos Profissionais da Guarda reitera que tem vindo a alertar as devidas instâncias para a falta de pessoal na generalidade dos postos territoriais e em toda a vertente operacional da Guarda e diz ter dificuldade em entender que "se tenha chegado a esta situação limite".
A associação mais representativa da Guarda Nacional Republicana sublinha ainda que a Moita tem um efetivo reduzido e lembra que "estamos a poucos dias da realização das Festas da Moita a Nª Srª da Boa Viagem".
Na mesma nota, a associação profissional refere que os militares já estão a trabalhar além do limite, "desempenham as suas funções sem recursos, sem reconhecimento e cada vez mais se sentem abandonados à sua sorte pelo Comando Geral e pela Tutela".
"É urgente a adopção de medidas eficazes que garantam a segurança dos profissionais da GNR, privilegiando-se a vertente operacional da missão de polícia da Guarda Nacional Republicana, por forma a dar uma resposta eficaz às necessidades dos cidadãos", conclui a missiva.
Em causa está o caso de um militar da Guarda Nacional Republicana que desmaiou na segunda-feira, quando estava sozinho no posto daquela força de segurança na Moita.
Foi uma pessoa que se dirigiu ao posto para apresentar uma queixa que acabou por encontrar o guarda inanimado e ligou para o 112, por volta das 22h00.
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