A linhagem BA.5 da variante Ómicron da Covid-19 é responsável por 94% dos casos registados em Portugal, segundo indica o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 divulgado, na terça-feira, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
De acordo com o relatório, a linhagem BA.5 “é dominante em Portugal” desde a semana de 9 a 15 de maio e, na última semana analisada, de 15 a 21 agosto, apresentou “uma frequência relativa de 94%”.
Já “a linhagem BA.4 da variante Ómicron tem registado uma frequência relativa estável nas últimas amostragens semanais, representando 2,6% das sequências analisadas” nas últimas duas semanas.
Por sua vez, a linhagem BA.2 da variante Ómicron, que foi dominante em Portugal entre as de 21 a 27 de fevereiro e 9 a 15 de maio, “tem tido uma frequência relativa continuamente decrescente, registando 2%” nas semanas últimas duas semanas.
“Têm vindo a ser monitorizadas sublinhagens de BA.2 com uma mutação adicional na posição L452 da proteína Spike (associadas à resistência a anticorpos neutralizantes), sendo que, entre estas, se destaca a circulação em Portugal da linhagem BA.2.12.1, embora a sua frequência relativa não tenha ultrapassado, até à data, os 2%”, destaca o INSA.
Relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal.
— Instituto Ricardo Jorge (@irj_pt) August 30, 2022
Linhagem BA.5 com frequência relativa de 94% na semana 33 (15-21 agosto).
Linhagem BA.4 com frequência relativa de 2,6% (semanas 32 e 33).
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Na última semana, foram detetadas, pela primeira vez em Portugal, três sequências da linhagem BA.2.75, que “tem suscitado interesse devido à sua prevalência muito relevante em alguns países”.
Segundo o relatório, até à data, foram analisadas 40.895 sequências do genoma do SARS-CoV-2, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 304 concelhos de Portugal.
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