Mulher acusada de sequestro e roubo começou a ser julgada em Aveiro

O Tribunal de Aveiro começou hoje a julgar uma mulher de 47 anos suspeita de ter sequestrado e roubado um homem de 54 anos, com o auxílio de dois homens que não foram identificados.

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Lusa
13/09/2022 12:02 ‧ 13/09/2022 por Lusa

País

Justiça

A mulher, que faltou à primeira sessão do julgamento, está acusada dos crimes de roubo agravado, coação, sequestro agravado e burla informática.

O caso remonta a 15 de março de 2021, quando a vítima seguia na sua viatura, na zona da antiga colónia agrícola da Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, e se deparou com um carro parado no meio da via e um homem com um triângulo na mão que o mandou parar.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), este homem abeirou-se do carro da vítima pelo lado do acompanhante e entrou no mesmo, apontando-lhe uma pistola e dizendo-lhe para seguir em frente. Depois de percorrerem alguns quilómetros, mandou a vítima parar o carro, vendou-lhe os olhos e mandou-a entrar num outro veículo conduzido por um segundo indivíduo.

Passados alguns minutos, voltaram a parar a viatura e mandaram o ofendido sair e entrar numa casa, onde estaria a arguida e onde o mandaram despir totalmente.

Nesse momento, os assaltantes pegaram no telemóvel e na carteira da vítima, da qual retiraram o cartão multibanco e exigiram o respetivo código.

A arguida ter-se-á então deslocado a uma caixa ATM num posto de abastecimento de combustíveis, onde fez dois levantamentos, um de 150 euros e outro de 70 euros, com o cartão da vítima, e pagou cinco euros de combustível, tendo sido apanhada pelas imagens de videovigilância do estabelecimento.

Cerca de meia hora depois, os assaltantes devolveram o cartão bancário à vítima e disseram-lhe para se vestir e voltar a entrar no carro, tendo-o libertado pouco depois junto da sua viatura.

A acusação do MP refere ainda que os assaltantes tiraram várias fotografias ao ofendido quando estava todo nu e ameaçaram divulgar as imagens nas redes sociais se este fizesse queixa à polícia.

A arguida chegou a estar em prisão preventiva, mas foi libertada após recurso da defesa para o Tribunal da Relação.

Leia Também: Pedrógão. MP quer condenação de 9 arguidos e advogados falam em injustiça

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