"É uma obra esperada há mais de 10 anos, sucessivamente incluída nos orçamentos municipais, pelo menos, desde há uma década, e que era sempre adiada num espaço que outrora era designado localmente como o matadouro", disse Isilda Gomes, durante a apresentação do projeto e assinatura da consignação da empreitada do Centro de Recolha Oficial.
A autarca afirmou que a intervenção vai "permitir mudar o paradigma do espaço, que tinha uma designação nada abonatória" e duplicar a capacidade para o acolhimento de canídeos e felinos, "o que contribuirá para aumentar o bem-estar dos animais nas instalações da estrutura municipal".
Os trabalhos, orçados em 870 mil euros, contemplam o aumento das instalações, dos atuais 350 metros quadrados para 860 metros quadrados, divididos por dois pisos, e o aumento das boxes individuais de 30 para 60 destinadas a canídeos e de 20 para 40 para felinos.
"É um contributo importante para alterar um espaço e dar mais dignidade e conforto aos animais", sublinhou Isilda Gomes.
A autarca adiantou que, além da melhoria das instalações físicas, "vai ser reforçado o quadro do pessoal do centro, que atualmente é gerido pelo médico veterinário apoiado pelo movimento associativo".
De acordo com o projeto, vão ser criados diversos gabinetes para assistência aos animais, uma sala para esterilizações e barreiras acústicas, para diminuir o ruído, ficando o centro dotado com acessos para pessoas com mobilidade reduzida.
O veterinário municipal, Osvaldo Mateus, disse à Lusa que a estrutura municipal pretende aumentar "o número de esterilizações de canídeos e felinos no município, que em 2021 se situou nas 700".
"As obras vão certamente contribuir para o nosso objetivo, que é superar esse número anualmente", apontou o responsável pela estrutura.
A autarquia prevê que as obras do novo Centro de Recolha Oficial de canídeos e felinos fiquem concluídas no primeiro semestre de 2023.
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