"A indicação que temos é que no distrito de Viseu só ficarão em funcionamento seis ou sete repartições de finanças. Será um verdadeiro desastre se um distrito com 24 concelhos ficar apenas com estas repartições abertas", alegou.
Em declarações à agência Lusa, o deputado socialista sublinhou que, para além de poder ver fechar 17 repartições de finanças, Viseu poderá ainda perder a atual direção distrital de finanças.
"Ou as pessoas se juntam agora para dar um cartão vermelho ao Governo ou ficarão legitimados para fazerem o que entenderem", sustentou.
José Junqueiro referiu que já foram enviadas "várias perguntas para o Ministério das Finanças", no sentido de "esclarecer quantas repartições pretendem fechar e em que concelhos".
"Como não obtivemos respostas, também já pedimos à presidente da Assembleia da República, por duas vezes, para fazê-lo. A verdade é que este Governo recusa-se a dar respostas e a dizer onde e quantas repartições pretendem encerrar", apontou.
Na sua opinião, o Governo está "a atuar à margem da lei e em frontal desrespeito com a Assembleia Municipal", uma vez que "não estão a cumprir o dever de resposta em 30 dias às questões colocadas".
O deputado socialista recordou ainda que "o Governo disse que até ao final de março iria apresentar parte de uma lista de repartições a encerrar, remetendo para maio o resto".
"É esperar para ver, mas duvido que consiga apresentar uma lista de 150 a 170 repartições de finanças a encerrar até dia 25 de maio", concluiu.
Na terça-feira, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, defendeu que a referência à data de final de maio para o encerramento de 50% das repartições de Finanças não é vinculativa e que tudo está ainda em discussão.
Poiares Maduro disse que o prazo de final de maio para o fecho de metade das atuais repartições de Finanças se deve apenas ao facto de ser essa a data do final do programa de assistência económico-financeira.
"Não há nenhuma novidade nessa matéria. Essa obrigação foi incluída no memorando de entendimento original, pelo anterior governo, e portanto não há novidade nenhuma".