O pacemaker de uma das vítimas do duplo homicídio protagonizado, alegadamente, por um alemão, na ilha do Pico, nos Açores, foi encontrado na propriedade do suspeito, revela a CNN Portugal.
Este objeto será crucial para a investigação. Além de confirmar que as duas vítimas foram queimadas no local, também poderá determinar, se o aparelho não estiver danificado, a hora em que morreram.
Além do pacemaker, as autoridades encontraram vestígios de sangue e uma cápsula de bala junto a cinzas.
O bósnio, naturalizado alemão, de 60 anos, terá confessado, pouco depois de ser detido, que matou os dois amigos açorianos a tiro e incendiou os corpos. Contudo, desde aí, que Tomislav Jozic não colabora com as autoridades.
A mulher, Ruth Hager, poderá conseguir responder a várias perguntas. No entanto, parece também não querer cooperar com os inspetores da Polícia Judiciária (PJ).
Tal como o companheiro, a mulher alemã, que chegou à ilha em 2006, acompanhada pelo primeiro marido, também não gosta que se aproximem da sua propriedade. Mesmo com várias câmaras de videovigilância, sempre que alguém passa por lá, ela fotografa.
Além disso, recorda a CNN Portugal, o desaparecimento do primeiro marido está envolto em mistério. Ambos chegaram ao Pico há mais de 15 anos. Há cerca de metade, o homem desapareceu sem deixar rasto.
Entretanto, uma mulher alemã revelou ao jornal alemão Blid que a Ruth lhe disse que o marido tinha morrido num hotel de São Miguel, enquanto viajavam. Que deitou-se na cama, adormeceu e nunca mais acordou. Até agora, isto não foi confirmado pelas autoridades.
O que se sabe é que, anos antes, o marido de Ruth apresentou-a a Tomislav Jozic. Quando o alemão desapareceu, o agora detido assumiu o papel de companheiro e vivem desde então no Pico.
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