O Ministério Público (MP) abriu um inquérito-crime a um grupo da maçonaria por suspeitas de crime de tráfico de influências. Segundo a CNN Portugal, que avança a história, os dois últimos grão-mestres deste grupo terão alegadamente criado o que dizem ser o "clube de negócios mais exclusivo de Portugal".
Mas que benefícios eram atribuídos aos membros deste 'clube de negócios'? De acordo com a informação apurada pelo canal, aos membros que pagavam as quotas mais altas (pelo menos 1.800 euros por ano) era prometido o acesso a "líderes governamentais e empresariais proeminentes".
Aliás, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, terá sido o convidado principal de um jantar, que decorreu em novembro do ano passado, que contou com a participação deste leque de membros do tal clube "exclusivo".
Ao mesmo órgão de comunicação, o gabinete do ministro confirmou que o "ministro participou num jantar-conferência para o qual foi institucionalmente convidado", embora tenha esclarecido que Pedro Nuno Santos "não tem, nem teve, qualquer outro contacto com esta entidade".
A investigação sobre este caso surgiu no seguimento de uma denúncia que chegou à Polícia Judiciária, dando conda de um alegado esquema envolvendo a organização maçónica, o referido clube de elite privado, e um projeto para criação de um templo maçónico virtual (que requer investimento com criptomoedas).
A queixa que chegou à Polícia Judiciária referia que tais eventos "com gente importante" serviam para "fazer um escudo sobre operações financeiras e de embuste".
Por considerar que os factos denunciados eram "suscetíveis de serem enquadrados na prática dos crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e tráfico de influências", a PJ direcionou o caso para o Ministério Público.
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