Para a Federação Portuguesa de Professores, Adriano Moreira foi "um grande Humanista, um Professor Universitário inesquecível, um Investigador proficiente e um Homem de Estado honrado".
Na nota de pesar, a Federação diz recordar "com gratidão a sua douta participação, há muitos anos, sempre 'pró bono', como preletor em seminários da pró-Ordem" e também pela "colaboração amiga que prestou ao Sindicato dos Professores do Ensino Superior, outro membro desta Federação, especialmente quando este foi presidido pelo Prof. Doutor Artur Anselmo, que o viria a suceder como Presidente da Academia das Ciências de Lisboa".
"A Ordem dos Economistas presta a sua homenagem à memória do Ilustre Professor Doutor Adriano Moreira, associando-se ao pesar de todos quantos o reconhecem como um invulgar vulto intelectual e académico, que agora deixa de estar entre nós, mas que permanecerá na memória coletiva da História de Portugal", lê-se numa nota de condolências enviada à Lusa, assinada pelo bastonário, António Mendonça.
A Ordem dos Engenheiros salienta, por seu turno, os "inestimáveis contributos que Adriano Moreira deu à ciência e ao país", exemplificando com a "emancipação da Ciência Política da Ciência Jurídica".
Adriano Moreira era "membro honorário e personalidade portuguesa de incontornável mérito que, através do seu saber, pensamento analítico e experiência de vida, muito contribuiu para a análise dos múltiplos desafios que, em cada momento, se colocaram à vida cultural, política e social do país, assim como às relações de Portugal com os restantes territórios", acrescenta a Ordem na nota.
Para o secretário-geral da UCCLA, a perda de Adriano Moreira significa que Portugal deixará de "beneficiar do contributo estratégico que tinha sobre a importância da concertação e afirmação dos interesses dos povos e países de língua oficial portuguesa neste mundo hoje global e da língua portuguesa".
Na nota, Vítor Ramalho lembra ainda "a influência que o Professor Doutor Adriano Moreira exerceu para que em 1985 o então presidente da Câmara de Lisboa, engº. Kruz Abecassis criasse com as demais cidades capitais dos países de língua portuguesa a primeira instituição para o aprofundamento das relações com esses países", acrescentando que "hoje a UCCLA tem 55 cidades associadas de todos eles e 20 empresas apoiantes".
O antigo presidente do CDS-PP morreu hoje aos 100 anos, confirmou à Lusa fonte do partido.
Adriano Moreira foi ministro do Ultramar no período da ditadura (1961-1963) e deputado e presidente do CDS-PP já na democracia, mantendo sempre a ligação à universidade e à reflexão em matéria de Relações Internacionais.
Com 100 anos completados em 6 de setembro passado, foi condecorado pelo Presidente da República em junho com a Grã-Cruz da Ordem de Camões.
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