"Devido ao trabalho que se tem desenvolvido ao longo dos últimos anos, nomeadamente com a criação do Regulamento Municipal de Reconversão de Áreas Florestais em Agrícolas, e também do conhecimento dos eventos últimos de fogos florestais, fomos contactados pela Fundação Repsol para sermos parceiros neste projeto de reflorestação que estão a desenvolver", explicou hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo.
O autarca salientou que esta "é mais uma oportunidade para se concretizarem ações reais no território, naquele que é o objetivo mais amplo da sua transformação e ordenamento".
O projeto 'Motor Verde' é uma iniciativa da Fundação Repsol, que visa a criação de florestas, reflorestamento de terras queimadas ou não cultivadas para promover a compensação das emissões de dióxido de carbono (CO2).
Esta iniciativa está alinhada com o Pacto Ecológico Europeu e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como com os fundos europeus da próxima geração.
João Lobo realçou alguns dos projetos que estão em curso no concelho de Proença-a-Nova, no âmbito da floresta, como o 'Condomínio de Aldeia' e as Áreas de Intervenção de Gestão da Paisagem (AIGP), que irão nascer em 7.500 hectares na zona norte do município.
Em Portugal, o 'Motor Verde' vai ser implementado em Proença-a-Nova e Mação (distrito de Santarém), com áreas de 47,62 hectares em cada um dos concelhos, o que implica a plantação de cerca de 105.194 árvores de espécies autóctones.
Segundo a autarquia de Proença-a-Nova, a plantação destas árvores irá permitir a captura de 23.238,1 toneladas de CO2, prevendo-se o envolvimento de 33 pessoas nos trabalhos a desenvolver.
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