Um novo estudo, intitulado 'Climate Change and the Increase of Extreme Events in Azores' ('Alterações Climáticas e o Aumento de Eventos Extremos nos Açores'), veio revelar que as mais recentes previsões sobre a situação meteorológica no arquipélago apontam para um "aumento de eventos extremos na região dos Açores".
Segundo a nota publicada no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), onde é feita uma breve apresentação deste artigo científico realizado com a co-autoria de técnicos do referido instituto meteorológico, em causa está uma conclusão que deriva de modelos climáticos que apontam, ainda, para um "aumento da temperatura do ar" e para a "diminuição da quantidade de precipitação".
"Por exemplo e, no cenário mais pessimista do forçamento radiativo, estima-se até ao final de 2100 o aumento dos períodos de seca em 4,8 dias/ano, dos eventos de precipitação forte em 1.4 dias/por ano e do número de noites tropicais em cerca de 101 noites/ano", pode ler-se na nota do IPMA.
Em causa está um fenómeno que pode ser explicado pela intensificação do anticiclone subtropical do Atlântico Norte na região dos Açores, especialmente a oeste das Ilhas Britânicas.
Como explica ainda o artigo, a atmosfera da região "já não é a mesma: desde setembro de 2016 que a concentração de fundo do CO2 na atmosfera dos Açores tem sido sempre superior a 400 ppm(v)".
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