O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, encontrou-se esta quarta-feira com representantes do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).
Num “diálogo franco e aberto”, conforme referiu o Ministério da Saúde em comunicado, discutiu-se as condições de trabalho destes profissionais, “reconhecendo a sua dedicação diária aos doentes e a pronta resposta que contribui, em inúmeras situações críticas, para salvar vidas”.
“Ciente do caminho a percorrer e da necessidade de chegar a entendimentos que valorizem estes profissionais dentro do quadro de responsabilidade orçamental do Serviço Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde saúda a abertura ao diálogo e a postura cooperante manifestada por esta estrutura sindical, muito em particular numa altura em que se verifica um acréscimo na procura de cuidados de saúde em contexto de outono-inverno, o que resulta num esforço acrescido também para os técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH)”, refere o ministério na nota enviada às redações.
Após a reunião, o sindicato decidiu suspender a greve ao trabalho suplementar iniciada no passado dia 8 de novembro.
O STEPH revelou que o levantamento da greve se deveu à "abertura demonstrada" pela tutela para negociar as carreiras.
De acordo com o STEPH, as negociações culminaram na subida em um índice remuneratório na tabela salarial destes técnicos.
A subida corresponde a uma valorização de cerca de 55 euros, que se junta aos cerca de 52 euros anunciados para a administração pública e que se traduzem num aumento salarial de mais de 100 euros para os técnicos de emergência pré-hospitalar a partir de janeiro, quando entrar em vigor o Orçamento do Estado para 2023.
O STEPH obteve ainda a garantia de início de negociações para aprovar o acordo de carreira especial e a sua valorização.
A greve deve ser efetivamente levantada a partir de quinta-feira, com as formalizações necessárias, explicou o presidente do sindicato.
Leia Também: Técnicos de emergência pré-hospitalar levantam greve às horas extra