A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou, na terça-feira, a norma que define a campanha de vacinação sazonal contra a Covid-19 para o outono-inverno 2022-2023. Perante estas novidades, surgem algumas questões: quem deve, neste momento, levar mais uma dose da vacina contra o SARS-CoV-2? E o que é preciso fazer para que tal aconteça?
Como é já sabido, o esquema vacinal primário recomendado pelas autoridades de saúde prevê a toma de duas doses de qualquer vacina contra a Covid-19 disponível no mercado (com exceção da vacina da Janssen, de toma única). Para esta vacinação estão, de momento, elegíveis todas as pessoas com, pelo menos, cinco anos de idade.
Porém, as autoridades de saúde, nacionais e internacionais, rapidamente se aperceberam da necessidade de administração de doses de reforço adicionais, para um combate mais eficaz a esta doença. Até ontem, todas as pessoas com, pelo menos, 18 anos de idade estavam elegíveis para a toma dessa 'terceira dose'. Mas, de acordo com as mais recentes atualizações da DGS, a mesma tornou-se agora extensível a todas as crianças com cinco ou mais anos de idade que tenham, pelo menos, uma doença de risco identificada.
A chegada da mais recente temporada de outono-inverno tinha ainda motivado as autoridades portuguesas a reforçar a proteção imunológica das franjas mais vulneráveis a um eventual caso de infeção por Covid-19. De momento, todas as pessoas com 50 ou mais anos de idade podem já tomar a 'quarta dose' da vacina, mas também os maiores de 18 anos que tenham patologias de risco associadas.
O mesmo acontece com outros grupos profissionais tidos como prioritários, como é o caso de profissionais que trabalhem em lares e em instituições similares, dos funcionários da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e de estabelecimentos prisionais. O mesmo é válido para profissionais dos serviços de saúde e de outros serviços prestadores de cuidados dessa natureza, dos estudantes em estágio clínico e de bombeiros envolvidos no transporte de doentes.
Entre a toma da dose de reforço da vacina contra o novo coronavírus e a anterior inoculação (ou caso de infeção), a DGS recomenda que passe um período compreendido entre os quatro e os seis meses.
É preciso agendar? Ou basta dirigir-me ao centro de saúde?
Se está a questionar-se sobre se a modalidade 'Casa Aberta' ainda está disponível para a vacinação conta a Covid-19, a resposta é: sim. Porém, não para toda a gente.
A verdade é que, de momento, as pessoas com idade igual ou superior a 12 anos que pretendem completar o processo de vacinação primária (primeira duas doses) contra o SARS-CoV-2 podem fazê-lo. Mas as crianças entre os cinco e os 11 anos deverão agendar previamente a inoculação, em qualquer ponto de vacinação ou centro de saúde, para que possam realizar o processo.
No que diz respeito à 'terceira dose', essa mesma modalidade abrange ainda, de momento, os maiores de 18 anos - bastando que se dirija diretamente ao ponto de vacinação ou centro de saúde para tal.
Já no que toca à quarta inoculação, de acordo com a informação avançada esta quarta-feira pela DGS, todas as pessoas com, pelo menos, 60 anos de idade, ou que façam parte dos grupos profissionais ditos prioritários, podem já deslocar-se diretamente aos centros de vacinação, de livre e espontânea vontade, para tomar a vacina.
Os restantes grupos elegíveis para vacinação continuam a ser, por sua vez, convocados, por SMS ou por via telefónica, pelas autoridades de saúde para concluírem o processo.
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