"Governo está empenhado em responder a este momento com o necessário"
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, está a visitar o concelho de Loures, um dos municípios mais afetados pelas cheias devido ao mau tempo que se fez sentir durante o dia de terça-feira.
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País Mau tempo
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou que o Governo está a "preparar estruturas de apoio" a todos os afetados pelas cheias provocadas pelas fortes chuvas de terça-feira.
"O Governo está empenhado em responder a este momento com o valor será o que for necessário para enfrentar esta crise devido à chuva", garantiu Mariana Vieira da Silva, em declarações aos jornalistas, durante uma visita ao município de Loures, um dos mais afetados pela intempérie.
A governante, acompanhada pelo presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, irá percorrer toda a localidade.
Mariana Vieira da Silva revelou que "ontem foi um dia de intenso trabalho" entre o Governo e os presidentes de todos os municípios afetados, estando a tentar "responder a todas as solicitações".
"O Governo está a preparar todas as estruturas e instrumentos de apoio de que precisará no dia em que [a lista dos] danos estiverem recolhidos, que esperamos que seja rápido para que esse apoio chegue aos municípios, porque os instrumentos existem e já foram utilizados em outros momentos" referiu.
Mariana Vieira da Silva disse que a ministra da Coesão Territorial estará, na tarde de hoje, a visitar os municípios afetados no Alentejo e reforçou que "nos próximos dias vão continuar estas visitas".
"Hoje estou aqui para garantir que o Governo está empenhado para, com as autarquias, responder a este momento", referindo que os apoios vão ser dados à população afetada pelo mau tempo.
A ministra da Presidência ressalva que "há sempre apoios que são mais rápidos e apoios que dependem de projetos de recuperação de infraestruturas", mas garante que "o Governo estará presente neste apoio, recorrerá a todos os instrumentos nacionais e europeus que existem para estes momentos, na medida em que os danos também alcancem os patamares que estão definidos para esses apoios".
Os apoios, segundo Vieira da Silva, "podem existir sem estado de calamidade", sem que haja nenhuma distinção dos apoios que podem ser dados aos habitantes ou comerciantes das zonas mais afetadas.
"O Conselho de Ministros tomará todas as decisões necessárias para que os apoios cheguem aos municípios e as infraestruturas municipais, e também as pessoas que viram os seus negócios, uma vida de trabalho posta em causa, é isso que estamos a fazer hoje, ver ao vivo uma parte desses impactos que está a ser feito para mapear os danos e que será feito em todos os níveis do Governo para garantir esses apoios", salienta, não avançando qualquer valor e adiantando que o Executivo irá dar o apoio "em função dos danos", que "será aquele que for necessário" para enfrentar esta crise.
Na sequência das declarações do presidente da Câmara de Loures de que os prejuízos devem chegar aos 20 milhões de euros, Mariana Vieira da Silva afirmou que "o fundo de emergência municipal cobrirá esses valores", reforçando que este "esforço é partilhado entre autarquias e o Governo". "As câmaras fazem a sua parte, têm as suas próprias receitas, e o Governo também fará a sua", acrescentou ainda.
"Agora é tempo de ajudar quem precisa, de quem precisa de uma casa, quem precisa de bens e cá estamos para isso. Depois o tempo de identificar com rigor os danos e garantir os apoios", concluiu.
Ao lado da governante, Ricardo Leão agradeceu a visita da ministra e a intervenção do Governo na ajuda ao município, que foi todo afetado, tendo ficado parcialmente inundado devido às chuvas fortes de terça-feira.
"A intempérie afetou 80 famílias diretamente, que provocou danos profundos no recheio das habitações, ficaram sem nada, muitas encontraram soluções na casa de amigos e familiares, outras 12 estão temporariamente num centro de alojamento que o concelho de Loures criou", afirmou o presidente da CM Loures.
Esta manhã, a Câmara de Loures anunciou que vai dotar o Fundo de Emergência Municipal com um milhão de euros, para apoio a famílias e comerciantes afetados pelo mau tempo.
A Câmara de Loures recorda que, nos últimos dias, investiu "mais de 700 mil euros, ao abrigo do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil" e que esse montante foi "gasto em maquinaria e empreitadas que visam a estabilização de taludes e a desobstrução de vias".
Na página oficial na internet, a autarquia indica ainda que "não foi possível proceder à reabertura de algumas vias rodoviárias": EN 250, entre Sacavém e Catujal; EN8, entre Ponte de Frielas e Flamenga; EN 250, em Frielas e nos acessos à A8; Rua Comandante Ramiro Correia (que liga Frielas a Unhos); e EM 629, entre A-dos-Calvos e Vale Nogueira.
O município de Loures foi dos mais afetados do distrito de Lisboa pelas fortes chuvas que caíram nas últimas 48 horas, registando "danos causados pelos deslizamentos de terras, quedas de muros, de árvores, inundações e cheias".
[Notícia atualizada às 10h55]
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