O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, deixou, esta sexta-feira, uma garantia: para o Ministério, e para o Governo, "matéria de segurança é sagrada".
Falava o ministro sobre o relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários, citado pelo jornal Expresso, que incide sobre dois incidentes - um ocorrido no Porto, em 2021, e um em Ponta Delgada, em 2022, onde aponta várias falhas, entre elas registos de assiduidade e pontualidade manipulados.
"O relatório é muito importante para que possamos avaliar exatamente o que aconteceu e se os procedimentos adotados pela NAV após os incidentes foram suficientes ou não", considerou o ministro, deixando, no entanto, "uma palavra de confiança" à empresa responsável pela gestão do tráfego aéreo em Portugal, "que é altamente respeitada e conceituada na Europa e no mundo".
"Claro que os incidentes que aconteceram são graves e sobre isso não há a menor dúvida. A NAV está a tomar ações para corrigir [as falhas] e garantir que não continuamos a ter esse tipo de falhas. Agora grave, claro que é", concluiu o ministro em Sines, distrito de Setúbal, à margem da assinatura do memorando de entendimento do projeto H2Sines.RDAM, relativo à criação de um corredor logístico de Hidrogénio Verde que vai ligar os portos de Sines e Roterdão por via marítima.
Os incidentes citados pelo relatório - um no Porto e um em Ponta Delgada - são relativos a aviões que se encontravam a aterrar nos respetivos aeroportos enquanto se encontravam carros de apoio - denominados 'follow me' - na trajetória das aeronaves. Nos dois incidentes, segundo o relatório, encontrava-se apenas um controlador nas respetivas torres, quando as regras das escalas e de segurança estipulam a presença de mais elementos.
[Notícia atualizada às 17h48]
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