O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai deslocar-se este sábado a Odemira, no distrito de Beja, para estar com imigrantes.
O anúncio foi feito pelo próprio chefe de Estado, em Belém, onde hoje decorreu a cerimónia de entrega da vela da Cáritas Portuguesa, intitulada 'Dez Milhões de Estrelas - Um Gesto Pela Paz'.
"Os emigrantes são próximos nossos. Agora terminado este nosso encontro parto para Odemira. E vou a Odemira porque tinha prometido lá ir até ao fim do ano. Nós temos várias Odemiras no nosso país, todos os países infelizmente têm várias Odemiras, que têm aspetos positivos e aspetos complicados", sustentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Perante um grupo de escuteiros, o chefe de Estado disse que é necessário "ir a esses próximos, que vêm de não sei quantos países, falam não sei quantas línguas, têm não sei quantas culturas" e são "aqueles que mais necessitam".
Já a pensar no ano que aí vem, Marcelo Rebelo de Sousa deixou uma advertência: "Estas crises batem fundo, a inflação não é só números."
"A inflação significa um corte nos salários, um corte nos rendimentos, um empobrecimento. E quanto mais alta for, maior é esse empobrecimento. Esses que sofrem são uns próximos que têm de estar muito próximos do nosso pensamento e da nossa ação", completou.
No último ano surgiram denúncias de imigrantes em Odemira, concelho no distrito de Beja, a viver em condições deploráveis e 'acorrentados' a redes de tráfico humano. Odemira tem uma das maiores comunidades de imigrantes do país, que, entre outras ocupações, trabalham na agricultura.
Odemira é o maior concelho do país em 2020 a população emigrante representava 40% do total.
Também houve denúncias de comportamentos abusivos por parte de elementos da GNR de Odemira contra imigrantes.
[Notícia atualizada às 13h18]
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