Morreu o escritor, gestor e jornalista António Mega Ferreira. Uma nota da Presidência da República, emitida esta segunda-feira, deixa homenagem ao autor, nascido em Lisboa em 1949.
O escritor e gestor cultural morreu hoje, em Lisboa, aos 73 anos, segundo a agência Lusa. Disse, um dia, que gostaria de ficar "conhecido na história como um tipo que fez essas coisas todas" na área da cultura.
Nas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, destacadas da nota, António Mega Ferreira "foi uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século", um homem de inúmeros ofícios - "jornalista da imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor, gestor cultural".
"Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura. Presto-lhe a minha homenagem sentida", refere.
Colegas desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, o Presidente da República frisa, no mesmo documento, o papel de Mega Ferreira como gestor na Expo 98, Centro Cultural de Belém (CCB) e na Metropolitana, assim como o seu papel enquanto escritor.
O primeiro-ministro, António Costa, também reagiu à morte de António Mega Ferreira, homenageando o "notável jornalista e importante pensador e criador cultural". Mega Ferreira "ficará para sempre como um dos grandes mentores da Lisboa contemporânea", disse.
Uma vida dedicada à Cultura
Licenciado em Direito, foi jornalista, escritor, gestor cultural, liderou a representação de Portugal como país convidado da Feira do Livro de Frankfurt, em 1997, presidiu a candidatura de Lisboa à Expo98, de que foi comissário, foi administrador da Parque Expo, presidente do Centro Cultural de Belém e diretor executivo da Associação Música, Educação e Cultura, que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa e as suas três escolas.
António Mega Ferreira nasceu em Lisboa, em 25 de março de 1949, na Mouraria, na rua Marquês de Ponte de Lima, onde viveu a infância e a adolescência.
Era filho de um comerciante, detentor de uma papelaria na Baixa lisboeta, sócio de uma antiga loja de discos, republicano, anti-salazarista e anticlerical. Foi o pai que escolheu o nome próprio do autor e gestor cultural, António Taurino, congregando, num só, o nome do avô paterno e o do avô materno.
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[Notícia atualizada às 13h36]
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