A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) informou que, na passada terça-feira, dia 20, ordenou a retirada de 21 toneladas de carne que, entretanto, tinham sido distribuídas por mais de 270 lojas durante uma ação de fiscalização direcionada a um grossista, com um dos armazéns em Vila do Conde, na zona norte do país.
Segundo o que a autoridade revelou ao Notícias ao Minuto, após ter sido realizada, a nível nacional, uma operação de fiscalização direcionada à verificação do cumprimento das regras de higiene e segurança alimentar e de qualidade dos géneros alimentícios, foram destruídas a um grossista, na zona centro, 106 kg de carcaças de cabrito e 243 kg de carcaças de cordeiro de leite "que suscitaram dúvidas quanto ao cumprimento dos requisitos técnicos da marca de salubridade".
Segundo o que a autoridade revelou ao Notícias ao Minuto, duas médicas veterinárias da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) confirmaram que havia "ausência e/ou falta de legibilidade da mesma, não permitindo assim assegurar a rastreabilidade dos produtos de forma a garantir as condições de Segurança Alimentar para os consumidores".
Decorrente ainda da ação de fiscalização foi instaurado o respetivo processo contraordenacional, tendo-se dado início a novas diligências de forma a averiguar a existência de produto em condições semelhantes noutros locais do país.
Num armazém do mesmo operador, localizado em Vila do Conde, foram encontradas "mais carcaças que, por se encontrarem nas mesmas condições, foram apreendidas e encaminhadas para destruição, uma vez que as marcas de salubridade que deveriam constar nas carcaças de borregos e cabritos também eram impercetíveis na sua totalidade, apresentando ainda algumas carcaças presença de partes de órgãos que não seria admissível".
Foi ordenada a retirada do mercado de um valor estimado de 21 toneladas de carne que, entretanto, tinham sido distribuídas por mais de 270 lojas, mantendo-se a ASAE no terreno, a realizar ações de fiscalização no âmbito das suas competências.
A ASAE mantém-se a verificar o cumprimento dos requisitos técnicos dos produtos que se encontram a ser comercializados, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores, referiu a autoridade.
Ao que o Jornal de Notícias tinha avançado na sexta-feira, a ASAE teria apreendido, na semana passada, cerca de 10 toneladas de borrego e cabrito fresco, num armazém que serve de base à cadeia de supermercados Pingo Doce, em Vila do Conde.
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