O último balanço da Câmara Municipal de Oeiras, presidida por Isaltino Morais, tinha sido feito em 15 de dezembro, estimando-se na altura danos superiores a 12 milhões de euros, ao nível de infraestruturas municipais e estabelecimentos comerciais.
Três semanas depois, o valor estimado de prejuízos neste município é de 19 milhões de euros, numa altura em que ainda estão contabilizar os danos verificados em habitações privadas, segundo explicou à Lusa fonte da autarquia.
De acordo com os dados disponibilizados, os maiores danos foram verificados ao nível das infraestruturas municipais (muros, estradas, via pública), estimando-se prejuízos de cerca de 9,7 milhões de euros.
Seguem-se os danos verificados ao nível das atividades económicas, tendo sido apurados, até ao momento, prejuízos de cerca de 5,2 milhões de euros.
No dia 21 de dezembro, a Câmara Municipal de Oeiras aprovou, por unanimidade, um fundo de apoio de 1,5 milhões euros para o comércio local afetado pelas inundações provocadas pela intensa precipitação, entre os dias 07 e 08 de dezembro, no concelho.
Relativamente aos equipamentos municipais, os danos apurados pela Câmara de Oeiras são na ordem dos 3,7 milhões.
Foram ainda registados prejuízos de cerca de 500 mil euros no Centro de Saúde de Algés, que se encontra atualmente encerrado ao público para obras de reparação.
Numa nota publicada na segunda-feira, a Câmara Municipal de Oeiras informou que os utentes deste equipamento estão a ser reencaminhados para o Centro de Saúde do Restelo, no concelho vizinho de Lisboa.
"O município de Oeiras, ciente dos constrangimentos que esta deslocação poderá representar, assegurará a partir de 03 de janeiro o transporte entre o Centro de Saúde de Algés e o Centro de Saúde do Restelo, através de serviço de táxi, para utentes com consulta agendada", indica a autarquia.
Para beneficiar desta medida os utentes deverão dirigir-se ao segurança do Centro de Saúde de Algés, que "operacionalizará este processo, em articulação com as cooperativas de táxis do concelho".
A chuva intensa e persistente que caiu durante vários dias de dezembro causou inundações, danos em habitações e comércio, quedas de árvores e cortes de estradas e uma vítima mortal, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.
Entre os dias 07 e 15 de dezembro, a Proteção Civil contabilizou 88 desalojados. O Governo visitou alguns locais afetados e pediu um levantamento dos danos, no limite, até 15 de janeiro, para agilizar mecanismos de apoio.
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