MP acusa segurança privado que agrediu e roubou clientes no Cais do Sodré
O Ministério Público acusou um segurança privado que trabalhava em estabelecimentos noturnos do Cais do Sodré, em Lisboa, por crimes de roubo, ofensas à integridade física e dano com violência, estando o suspeito em prisão preventiva desde julho.
© Facebook / Fernando Medina
País Lisboa
A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou, esta terça-feira, na sua página na Internet que foi deduzida acusação contra o arguido (detido em julho passado, juntamente com outros três, durante uma operação da PSP), "por três crimes de roubo, dois deles agravado, seis de ofensas à integridade física qualificadas e um de dano com violência".
Segundo a acusação, o arguido "praticou os crimes em contexto do exercício das suas funções de segurança privada em vários estabelecimentos da zona do Cais do Sodré" e "em diversas ocasiões, entre abril e maio de 2022, agrediu, sem razão aparente, os ofendidos, com pontapés e murros, à porta dos estabelecimentos de diversão noturna onde prestava serviço, retirando depois às vitimas diversos objetos de valor como telemóveis, relógios e dinheiro".
O arguido encontra-se em prisão preventiva desde 12 de julho de 2022 e a investigação foi dirigida pelo MP do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
Em 10 de julho do ano passado, a PSP realizou uma operação em locais de diversão noturna de Lisboa, tendo na altura detido quatro seguranças, um dois quais, agora acusado, ficou em prisão preventiva e os restantes sujeitos a apresentações às autoridades.
Na altura, a PSP anunciou que os quatro seguranças faziam parte de um grupo de sete pessoas detidas naquela madrugada durante uma operação do Comando Metropolitano de Lisboa, através da Divisão de Investigação Criminal, com a colaboração da 1.ª Divisão Policial, na zona do Cais do Sodré, Bairro Alto e Rua Cintura do Porto de Lisboa, que envolveu ações de fiscalização e buscas não domiciliárias.
Um dos quatro seguranças detidos ficou em prisão preventiva dois dias depois, após ser ouvido em primeiro interrogatório judicial, sendo na altura suspeito de quatro crimes de roubo, seis de ofensas qualificadas à integridade física e um de violação, segundo adiantou então à Lusa o comissário Artur Serafim, da PSP de Lisboa.
De acordo com a mesma fonte, dois dos outros seguranças ficaram sujeitos a apresentações trissemanais e proibidos de exercer funções de segurança privada e a um terceiro foi-lhe aplicada a medida de coação de apresentações semanais.
Dos restantes sete detidos na altura, cinco foram através de mandados de detenção, por se encontrarem indiciados de crimes de ofensas à integridade física qualificadas, roubos e posse de armas proibidas.
Os restantes dois foram detidos em flagrante delito por posse de produto estupefaciente e posse de arma ilegal.
Durante a operação, adiantou a PSP, foram apreendidas três soqueiras, uma pistola 6.35 mm e 27 munições, quatro bastões extensíveis, vários bastões artesanais e 12 doses individuais de haxixe.
Ainda no decurso desta operação foram encerrados quatro estabelecimentos de diversão noturna e elaborados diversos autos de contraordenação referentes à atividade dos estabelecimentos e oito no âmbito da atividade da segurança privada.
ARA (FAC/GC/CAD/VAM) // MLS
Lusa/Fim
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